Quando desgovernou o Brasil, Lula nos legou
os dias atuais, sob suas barbas homens públicos desviavam bilhões de Reais, ele
cuidou de abrigar e proteger quase todos, desde que não lhe fizessem oposição.
Não foi ele que inventou a corrupção e nem
teria capacidade para tal, no máximo a aprimorou, sob sua gestão foi criada a
quadrilha do mensalão, do petrolão e possivelmente outras que nem serão
desbaratadas. Dilma Roussef, Eike Batista, Sérgio Cabral, José Dirceu são
personagens de sua época.
No entanto engana-se o brasileiro ao pensar
que a deposição do poste chamado Dilma trará grandes mudanças na economia
brasileira. As modificações não virão, quer porque seu vice e herdeiro do poder,
Michel Temer, tem se mostrado um fraco seja para escalar e conter o ímpeto de cometer
erros de seu ministério ou porque as suas reformas, caso se realizem, tendem a
se tornar inócuas.
Sobre aquele que produzem e trabalham, um
grupo de brasileiros cada vez menor e destituído de esperança, recai um enorme
fardo: manter a máquina do poder funcionando, milhões e milhões de cargos
públicos desnecessários e dispendiosos.
Excesso
de municípios, alguns com menos de mil habitantes, mas nove vereadores,
prefeito, vice, secretariado... Poder Judiciário com remuneração imbatível
mundo afora, com uma pressa de deixar escapar uma tartaruga. Polícia que não
policia, medicina pública que agoniza e deixa agonizando, deputados que se
aposentam ao piscar de olhos.
Não adiantará Temer limitar os gastos se
aqueles que forem realizados continuarem seguindo a regra do desperdício. Reformar
o ensino médio para quem? Se nossos jovens do ensino básico e fundamental estão
cada vez mais analfabetos funcionais.
E a reforma da previdência? Como ela
poderá dar certo se tudo que vimos acima gera altos e ineficientes impostos que
tendem a hipertrofia, sufocando a remuneração e as vagas de trabalho.
O futuro que hoje se desenha é incerto para
não dizer sombrio.