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quarta-feira, 18 de maio de 2016

O risco Cemig



    Quebraram a Petrobrás e os Correios, a Cemig pode ser a bola da vez. Esta empresa do estado de Minas se encontra extremamente endividada, os valores a pagar se aproximam de 12 bilhões de Reais, sendo que quase metade venceria este ano, mas está sendo renegociada.
    Especialistas costumam comparar o valor da dívida com a capacidade de lucrar da empresa e, neste ponto, a Cemig vai de mal a pior: o número subiu de 2,4 para 4,39 entre o fim de ano e o mês de março.
    Para curar esta aparente sangria desatada, a estatal está partindo para vender partes do que possui, como participações em outras empresas, dentre elas a usina de Belo Monte e Santo Antônio.
    Para nós mineiros estas notícias em princípio soam estranhas, pois somente com a campanha publicitária do “seu Robson” de Diamantina (e a ligação de número 8 milhões) a Cemig esbanjou milhões de Reais.

    Em tempos de Governador que tenta nomear esposa para compor seu secretariado, com provável finalidade de protegê-la das garras da justiça (nomeou, mas teve que exonerar), e que também pode ser afastado por estar em vias de se tornar réu por corrupção e lavagem de dinheiro, resta aos mineiros torcer para que a maior empresa e orgulho de Minas não seja pulverizada por uma combinação de administrações desastrosas em Belo Horizonte e Brasília.  

quarta-feira, 11 de maio de 2016

"Mea Culpa"



    Nestes muitos anos que escrevo neste jornal, sempre fiz críticas muito duras aos governos petistas, questionava suas honestidade e eficiência. Creio que no início minhas opiniões não eram tão bem vindas, mas à medida que o tempo passou a verdade foi aparecendo.
    No entanto este artigo servirá para que eu peça desculpas aos leitores, pois em determinado ponto eu me encontrava completamente enganado. Sempre afirmei, que os livros de história que serão escritos, relatando fatos de nossa época, finalmente apontariam o ex-presidente Lula como um populista, que jogava uns contra os outros ao mesmo tempo que gastava irresponsavelmente o dinheiro público.
    Peço perdão! Me enganei! Os livros de história descreverão Lula como chefe de uma organização criminosa, como alguém que se empoderou no cargo, montou esquema de abusos em estatais, comprou apoio parlamentar, adquiriu, ilegalmente, bens que colocou em nome de “laranjas”, além de fazer palestras de araque.
    O governo petista que hora se interrompeu nos afundou na pior, ou segunda pior, recessão de nossa história. Errar na condução da economia até seria perdoável, mas o seu maior legado será o da falta de ética, da corrupção, da desunião nacional, de fazer o diabo pelo poder.

    Me perdoem por ter sido, encarando as atuais revelações, benevolente em minhas críticas.   

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Tchau querida!


    Este 11 de maio marca o fim de uma época. Dilma e Lula viveram a ilusão de que a vitória nas urnas abonaria toda e qualquer ilegalidade que cometessem, mais que isso, o ex-presidente parecia se achar um semideus, acreditando que possuía uma popularidade inabalável, em seus sonhos deve ter visto parte de uma multidão levando-o nos braços para a cadeira da presidência, enquanto outra parte se encarregava de prender o juiz Sérgio Moro.
    A realidade se apresentou muito dura para ambos, Dilma deixará o governo e responderá a inquéritos apurando sua provável obstrução da justiça no caso da operação Lava Jato, Lula, por sua vez, ficará com as barbas de molho pois corre sério risco de imitar o boneco Pixuleco e vestir o uniforme do presídio.
    Os treze anos de PT foram de endividamento do País, do nós contra eles, que jogava pobres contra ricos, sul contra o norte, negros contra brancos. O partido se instalou como um câncer nas empresas estatais, além de desrespeitar e contaminar instituições. Começaram dizendo que eram os mais honestos e terminaram afirmando que não são os únicos desonestos. Para manchar de vez sua história, o PT agirá para sabotar o governo Temer.
    Dilma deixa o poder de forma lamentável, jogou fora a confiança que milhões lhe haviam depositado. Não foi destino, foi opção.

    “Tchau querida!”