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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Overdose de propagandas



    “A propaganda é a alma do negócio”, este jargão utilizado pelos veículos de comunicação se revelará como pura verdade, principalmente quando o “negócio” em voga for a política.
    É ano eleitoral, em outubro elegeremos prefeito (e vice) além de vereadores, e a propaganda está alvoraçada, principalmente quando o administrador da cidade mira sua reeleição.
    Via de regra, o mandatário do município teve quatro anos e não cumpriu suas promessas, iniciou obras no fim do mandato, deixou algumas inaugurações para a última hora e buscou se apossar de méritos que deveriam ser atribuídos aos governos federal e estadual.
    Os meios de comunicação, com honrosas exceções, ficam se prostituindo pela verba publicitária, hora exaltando o prefeito de plantão, hora mascarando ou minorando suas falhas e atos corruptos. A Câmara de vereadores, que deveria fiscalizar tais gastos, permanece genuflexa, ou pior, sua maioria se rende ao sabor da possibilidade de sua própria reeleição.

    A solução? – Como sempre está nas mão do povo que, neste e outros aspectos, permanece pacato, inerte... – Para evitar este transbordo de propaganda e publicidade é necessário que os populares se organizem em um conselho que regulamente como, com o que, quando e quanto se deve empregar na divulgação. Poderíamos assim utilizar melhor a comunicação social, voltando-a para sua verdadeira finalidade.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Oportunidades desperdiçadas


    Mundo afora, crianças são levadas a museus e demais exposições para reforçar seus conhecimentos e motivar a busca do saber. No entanto Uberaba comete enorme desperdício neste assunto.
    Há mais chance de uma criança participar de uma excursão a Peirópolis estudando em uma cidade vizinha do que se estiver matriculada na rede municipal de ensino da capital do zebu.
    Biblioteca, zoológico, teatros, parques, museus como o Mada, do zebu, de arte sacra, Chico Xavier, exposições de gado, orquídeas, automóveis antigos, prédios históricos, alguns com arquitetura relevante como algumas igrejas, arquivo público, tudo isso e muito mais poderia enriquecer o ensino público, mas faz-se necessário criar vontade política.
    Contrastando com a falta de recursos para projetos nesse sentido, encontramos, em anos políticos, reuniões espalhadas pela cidade com a presença do Prefeito, tais agrupamentos populares demandam um aparato de assessores, veículos, comes e bebes, limpezas de ruas no entorno e etc.
    Estamos acomodados, nos conformamos com pouco, aceitamos cortes de verba e limitações ao ensino que comprometem a boa formação das futuras gerações, paralelo a isso vemos a imposição de cotas para alunos de escolas públicas cursarem as universidades federais.

    Uberaba poderia ser exemplo para o País, mas prefere repetir seus erros.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Hugo Rodrigues da Cunha



    É tempo de homenagear este grande homem, Prefeito de Uberaba por duas vezes, Deputado Federal por dois mandatos. Bons tempos...
    Em geral políticos enriquecem nesta atividade, Hugo, ao contrário, viu diminuir seu patrimônio, dando nítidos sinais de que não avançou no ouro que tantos tolos enxergam ao tomar posse em um cargo público.
    Uma história que poucos sabem: Na década de 1970, ao inaugurar a Escola Municipal Boa Vista, Hugo percebeu que no prédio ao lado, na extinta Escola Estadual Nossa Senhora Aparecida, havia crianças carentes que não dispunham de merenda em seu recreio. Na época a legislação e os costumes eram diferentes, o estado oferecia primeiro grau e não oferecia refeições.
    Ao tomar conhecimento da situação, o Prefeito Hugo conversou com a Diretora do Boa Vista e recomendou que fosse oferecida merenda para os meninos da escola vizinha: “não deixe essas crianças passarem fome”.
    Questionado pela diretoria sobre a limitação da quantidade de alimentos, Hugo tranquilizou a todos dizendo que a Prefeitura mandaria um reforço, assim foi feito, sem alarde, sem marketing, sem disputa ou uso eleitoral.

    Espero, Prefeito Hugo, que esta homenagem chegue às suas mãos, e que seus atos na política, dentre eles, este, sirvam para inspirar novas gerações de pessoas de bem, de políticos honestos e bairristas. 

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Serra a cima

    Se o Presidente Temer errou muito ao escalar diversos políticos investigados para seu ministério, por outro lado ele fez uma jogada de mestre ao escolher José Serra para cuidar das relações exteriores.

    O Brasil vinha mal, atrelado a governos nada democráticos como os de Cuba, Venezuela e determinados países africanos. No comércio exterior, por ideologia e facilidades para alimentar a rede corrupção que envolve o BNDES, nosso País se afastou dos principais mercados consumidores do mundo.
    Serra, sem muito alarde, está reacendendo nossas relações comerciais com os Estados Unidos e a União Européia, estes parceiros têm muito a oferecer e muito a adquirir em nosso mercado.
    O Brasil é um participante nanico no contexto mundial, exportamos e importamos muitíssimo pouco em relação ao tamanho de nossa economia, nossos “portos” necessitam ser reabertos, livrando-nos do protecionismo e principalmente do nacionalismo provinciano: Não é ruim importar muito, quando também se exporta muito e o comércio é capaz de unir os povos.

    Íamos desengrenados serra abaixo, temos uma oportunidade de subir, Serra  se mostrou muito eficiente enquanto ministro da saúde e governador de São Paulo, mas sua missão é difícil pois tem que destravar nossa relações exteriores e ao mesmo tempo desmentir a calúnia de que um golpe esteja ocorrendo no País.