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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Carta de alforria


Carta de alforria


Desta vez não é uma etnia que está sendo escravizada, é uma categoria de trabalhadores federais: os carteiros.
A corrupção na administração dos correios serviu, durante o primeiro mandato de Lula, como estopim das denuncias que Roberto Jeferson fez, e que revelaram o mensalão e a nefasta atuação de petistas contra o erário público.
Desta vez é diferente, e a trama envolve mais um partido além do PT de Dilma Roussef, o coadjuvante é o PMDB Michel Temer.
Três associações de funcionários dos correios tentarão expurgar o aparelhamento de seu fundo de pensões, o Postalis, que em número de contribuintes, cerca de 140 mil, é o maior deste País.
Os carteiros e seus colegas de trabalho dependem do Postalis para se aposentarem, por isto estão atentos a “operações suspeitas”, que causaram um rombo, entre 2013 e 2014, de 2 bilhões e 200 milhões de Reais nos cofres do instituto que visa, dentre outros benefícios, complementar suas aposentadorias.
Sob comando do PT e PMDB, o Postalis fez investimentos no mercado financeiro que causaram prejuízos da ordem de 800 milhões de Reais, colocou dinheiro em empresas de Eike Batista, comprou títulos do governo da Venezuela e adquiriu ações de universidades particulares endividadas e a caminho de serem descredenciadas.
É sempre bom lembrar que os partidos que detém as cadeiras da presidência e vice-presidência do Brasil, cobram o “dízimo” daqueles que pertençam aos seus quadros e que tenham sido guindados politicamente a cargos de confiança (sem passar por concurso público). O desconto do salário em prol dos partidos em questão já vêm descontados nas folhas de pagamento.
EDUARDO CAMPOS: O fim precoce da carreira deste político fez mexer o doce da sucessão presidencial. O segundo turno que parecia provável se transformou em uma certeza, a composição da segunda etapa desta concorrência passou a ser objeto de especulação e consulta às pesquisas de opinião pública. Aécio Neves que contava com a votação em Eduardo para chegar a segunda fase da eleição passou a ver sua posição ameaçada pela indicação de Marina Silva.
Por outro lado, caso chegue ao segundo turno, Marina representará uma ameaça em nível nunca antes sofrida pelo PT nesta fase.
No Brasil, onde mortos viram santos e/ou heróis, o que funciona nem é a memória de curto prazo, é o imediatismo. Se por um lado Eduardo Campos havia definido o Brasil de Dilma como o país do “sete a um”, cerca de 7% de inflação e menos que 1% de crescimento, Lula se encarregava de diminuir o ex-governador e ex-ministro, ao referir-se ao mesmo como sendo um “menino mimado”, assim como o atual governo quis enquadrar, a ele e a Aécio, como sendo agourentos. Nada como um dia após o outro...