SEM GÁS PARA DESENVOLVER
Se você for a qualquer país vizinho,
perceberá que o preço da gasolina é bem menor que o nosso (“nosso”
é maneira errada de falar, o custo, assim como o petróleo não são
nossos, são da Petrobrás). É provável, que tenhamos o combustível
mais caro do mundo, se houver alguma exceção, esta virá de algum
país com economia bem pequena e que seja importador de quase tudo
que se coloca nos tanques dos automóveis.
Quer exemplos: a gasolina nos
Estados Unidos tem preço médio de R$ 1,30, na Bolívia, a 18 Km de
Corumbá-MS você pagará R$ 1,50. Quanto custa o produto próximo de
sua casa? Antes de comparar, lembre-se que aqui a gasolina vem
“batizada”, oficialmente, com 25% de álcool, e não há opção.
Acha que o inferno
desta estatal existe só para você?! Observe então a questão da
queima de gás nas indústrias. Ele vem de duas fontes, ou da
Bolívia, administrada por Evo Morales, que foi ajudado por Lula a
aumentar seus preços, ou é procedente de nossos próprios poços de
petróleo. Eu explico: ao tirar o petróleo é inevitável que saia
junto uma parte gasosa, que também pode ser queimada para gerar
energia (por isso que vemos aquela chama gigante nos poços).
Você já deve estar desconfiado,
mas se quer uma confirmação: O gás, para a indústria brasileira,
é o mais caro do mundo!
A empresa Nadir
Figueiredo, tradicionalmente conhecida por seus copos, chegou a
exportar para 120 países, hoje, só tem 40 como clientes. O gás
representa até 20% de seus custos. “De repente os preços
começaram a subir. Hoje pagamos o gás mais caro do mundo e estamos
na mão de um único produtor”, a Petrobrás, diz um de seus
administradores.
Para produzir o piso cerâmico
que usamos em nossas casas, a única alternativa é o gás, que está
inviabilizando os produtos nacionais, por isso a China aumentou sua
venda anual para o Brasil de meio para 20 milhões de metros
quadrados, de 2004 para cá.
Nesses seis últimos anos, a
inflação oficial somou 40%, a energia elétrica subiu 51% e o gás
utilizado na indústria saltou 266%. Quer mais? A Petrobrás
desperdiçou R$ 7,4 bilhões com a produção de gás natural.
Novamente explico: aquele gás que sai junto com o Petróleo está
subtilizado, a estatal prefere queimar que vender barato, não há
uma política que direcione o uso do produto. Ele poderia, ao invés
de ser queimado à toa, ser usado em residências, comércio,
indústria e termoelétricas (que geram energia elétrica).
Este monopólio estatal está
condenando o Brasil a se desindustrializar. A construção civil não
é afetada somente na questão dos pisos cerâmicos, veja o caso do
cimento para obras.
Os altos impostos e
a Petrobrás fazem a diferença, enquanto o cimento no Brasil custa
de 10 a 11 dólares o saco, o preço internacional gira pela metade,
de 5 a 6 dólares, algo inferior a R$ 10,00. Produzir cimento e
entregá-lo nas obras, depende basicamente do petróleo e seus
derivados, como fonte de energia. A argila e o calcário tem que ser
extraídos, transportados, triturados, misturados e queimados em alto
fornos, há ainda o frete do revendedor e do consumidor.
Realmente, estamos sem gás (a
bons preços), para desenvolver.
Acrescente támbém uma quantidade enorme de PeTralhas que recebem gordos salário da Petrobras.
ResponderExcluirGordos salários??
ResponderExcluirMais que isso: salários com obesidade mórbida!
O monopólio da Petrobras é cúmplice do assassinato de nosso desenvolvimento econômico.