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terça-feira, 29 de novembro de 2011

SEM GÁS PARA DESENVOLVER


SEM GÁS PARA DESENVOLVER

Se você for a qualquer país vizinho, perceberá que o preço da gasolina é bem menor que o nosso (“nosso” é maneira errada de falar, o custo, assim como o petróleo não são nossos, são da Petrobrás). É provável, que tenhamos o combustível mais caro do mundo, se houver alguma exceção, esta virá de algum país com economia bem pequena e que seja importador de quase tudo que se coloca nos tanques dos automóveis.
Quer exemplos: a gasolina nos Estados Unidos tem preço médio de R$ 1,30, na Bolívia, a 18 Km de Corumbá-MS você pagará R$ 1,50. Quanto custa o produto próximo de sua casa? Antes de comparar, lembre-se que aqui a gasolina vem “batizada”, oficialmente, com 25% de álcool, e não há opção.
Acha que o inferno desta estatal existe só para você?! Observe então a questão da queima de gás nas indústrias. Ele vem de duas fontes, ou da Bolívia, administrada por Evo Morales, que foi ajudado por Lula a aumentar seus preços, ou é procedente de nossos próprios poços de petróleo. Eu explico: ao tirar o petróleo é inevitável que saia junto uma parte gasosa, que também pode ser queimada para gerar energia (por isso que vemos aquela chama gigante nos poços).
Você já deve estar desconfiado, mas se quer uma confirmação: O gás, para a indústria brasileira, é o mais caro do mundo!
A empresa Nadir Figueiredo, tradicionalmente conhecida por seus copos, chegou a exportar para 120 países, hoje, só tem 40 como clientes. O gás representa até 20% de seus custos. “De repente os preços começaram a subir. Hoje pagamos o gás mais caro do mundo e estamos na mão de um único produtor”, a Petrobrás, diz um de seus administradores.
Para produzir o piso cerâmico que usamos em nossas casas, a única alternativa é o gás, que está inviabilizando os produtos nacionais, por isso a China aumentou sua venda anual para o Brasil de meio para 20 milhões de metros quadrados, de 2004 para cá.
Nesses seis últimos anos, a inflação oficial somou 40%, a energia elétrica subiu 51% e o gás utilizado na indústria saltou 266%. Quer mais? A Petrobrás desperdiçou R$ 7,4 bilhões com a produção de gás natural. Novamente explico: aquele gás que sai junto com o Petróleo está subtilizado, a estatal prefere queimar que vender barato, não há uma política que direcione o uso do produto. Ele poderia, ao invés de ser queimado à toa, ser usado em residências, comércio, indústria e termoelétricas (que geram energia elétrica).
Este monopólio estatal está condenando o Brasil a se desindustrializar. A construção civil não é afetada somente na questão dos pisos cerâmicos, veja o caso do cimento para obras.
Os altos impostos e a Petrobrás fazem a diferença, enquanto o cimento no Brasil custa de 10 a 11 dólares o saco, o preço internacional gira pela metade, de 5 a 6 dólares, algo inferior a R$ 10,00. Produzir cimento e entregá-lo nas obras, depende basicamente do petróleo e seus derivados, como fonte de energia. A argila e o calcário tem que ser extraídos, transportados, triturados, misturados e queimados em alto fornos, há ainda o frete do revendedor e do consumidor.
Realmente, estamos sem gás (a bons preços), para desenvolver.

2 comentários:

  1. Acrescente támbém uma quantidade enorme de PeTralhas que recebem gordos salário da Petrobras.

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  2. Gordos salários??

    Mais que isso: salários com obesidade mórbida!

    O monopólio da Petrobras é cúmplice do assassinato de nosso desenvolvimento econômico.

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