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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O SISTEMA ERA ROBUSTO

Artigo a ser publicado no Jornal JUMBINHO

O SISTEMA ERA ROBUSTO


Quando Itaipu está a pleno vapor, suas 18 turbinas produzem energia capaz de suprir 18 cidades de 2 milhões de habitantes, ou ainda substituir 18 usinas nucleares de médio porte. A usina é uma herança bendita do governo militar, planejada e executada com uma determinação que o Brasil perdeu ao longo do tempo.


Hoje corremos constante risco de apagões, torcemos para que uma ventania não derrube uma torre da linha que alimenta nossa cidade, pagamos caríssimas contas de luz e temos um horário de verão esticado para diminuir o pico de consumo.


O governo investe muito mais no bolso do consumidor de energia, que no sistema de produção (usinas) e transmissão (torres e linhões) de energia. Já o setor de distribuição (entrega ao consumidor) é mais eficaz pois está praticamente privatizado.


Temos muito potencial a explorar construindo novas hidrelétricas, porém o maior esperdício que a nação faz não é este, é o da energia dos ventos, a eólica.


Em maio deste ano, a Cemig lançou o Atlas Eólico que traz o mapeamento completo da circulação dos ventos em Minas Gerais. Segundo o gestor de Projetos Renováveis da Cemig, o estado possui um grande potencial para a construção de usinas eólicas capaz de gerar 40 Gigawatts a uma altura de 100 metros do solo. “Essa energia daria para cobrir toda a energia elétrica consumida quatro vezes no estado, sendo que a região com maior potencial eólico fica na Serra do Espinhaço, no Norte de Minas. Essa seria uma grande oportunidade de levar tecnologia à região, aumentando a empregabilidade e o turismo”, afirma.” (trecho da pág. 30 da revista Vértice, do CREA – MG, Agosto de 2011)


Já vimos que nosso governo está dependurado no que encontrou pronto, pouco ou quase nada está sendo estruturado para o futuro, pelo contrário temos grande chance de piora: Como as hidrelétricas e as eólicas dependem de condições climáticas como chuvas e ventos, temos paralelamente, que implementar e sustentar investimentos em termoelétricas, que geram energia queimando gás natural ou na pior das hipóteses sujando o ar com a queima de óleo combustível.


Aí é que mora o problema: a Petrobrás tem o monopólio do gás natural e não tem gás suficiente para fornecer. Não se esqueça de agradecer ao Lula de pijama, este ex-Presidente, que fez questão de multiplicar o valor do gás que recebemos da Bolívia.


A Petrobrás mandou carta a empresários que gostariam de produzir energia, avisando que está sem gás. Isto frustrou planos que correspondem a mais energia do que fornecerá a futura usina de belo monte.

Já podemos imaginar como farão para reduzir o consumo dos brasileiros: mais uma vez prepare seu bolso.

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