É repetitivo!!
Mas pergunto ao leitor:
Diante de tamanhas aberrações, é possível ficar calado?
Quem lê apenas o Jornal JUMBINHO, em cidades pequenas atendidas pelo mesmo, precisava saber.
Tal qual a verba do HOSPITÉRIO, administra-se o estoque de medicamentos.
FOGUEIRA DIABÓLICA
Uberaba, ou pelo menos sua administração,
está dando maus exemplos para o Brasil. Logo após a Prefeitura
incinerar 2517 Kg de remédios, surgiu novo fato negativo: agora vão
queimar mais 2 toneladas.
Quando a Comissão de Saúde da
Câmara Municipal foi verificar esta última denúncia surgiram fatos
sórdidos: eles tiveram que, diante da recusa de funcionários da
Secretaria de Saúde, arrombar uma porta onde encontraram pilhas de
caixas de medicamentos “amoitados”, alguns vencidos e outros
próximos disto.
Diante do clamor de populares, de
manifestos de parte da imprensa (aqui cabe destacar o Jornal
JUMBINHO, pela divulgação, neste espaço, do artigo “2517”), e
da atitude da Comissão, o Sr. Prefeito convocou uma entrevista
coletiva, na qual, Anderson Adauto e alguns assessores forneceram
informações ao público.
O Prefeito alegou que nem Chico
Xavier, com sua mediunidade seria capaz de fazer compras corretas e
que a quantidade de remédio queimada é uma merreca.
Segundo seus números, “apenas”
0,27% adquiridos foram “cremados”. Para quem sabe fazer regra de
três, um pingo é letra: se 0,27% forem 4517 Kg, o total (100%),
será: 1.672.963 Kg, carga para mais de 80 carretas de 20 toneladas.
Se a população de Uberaba é quase 300 mil habitantes, resulta 5
quilos e 600 gramas por habitante, doente ou não, pode!?
Um Jornalista, que tem cargo de
confiança na Prefeitura de Uberaba, escreveu em sua coluna (Falando
Sério, do Jornal da Manhã) que os postinhos de saúde distribuem
4,6 milhões de unidades de medicamentos (por exemplo, caixas) a cada
mês, ou melhor, oficialmente são 4.614.428 itens. Ora, se dentre os
quase 300 mil habitantes de Uberaba, 200 mil estiverem adoentados e
recorrerem aos remédios da rede pública, teremos uma média de 23
caixas por doente por mês, pode!?
Testemunhos importantes foram
dados no rádio uberabense: em entrevista concedida à Rádio Sete
Colinas, o ex-secretário de saúde municipal, João franco, que
atuou cerca de dois anos à frente da pasta informou que em sua
gestão não ocorreu perda de medicamentos.
Outro profissional que já foi
encarregado da área de estoque, o dentista Heraldo Luiz, alega, que
quando administrou o setor, no governo do Prefeito Marcos Montes, o
descarte foi desprezível.
O mau exemplo de Uberaba
desperta-nos para uma questão ainda maior: o problema de gestão da
saúde é maior que o financeiro, portanto, a ideia de ressuscitar a
famigerada CPMF não representa uma solução inquestionável para o
SUS. A sanha, em recriar este tributo, é tal que a Dilma chegou a
propô-lo em nível mundial, o que foi rechaçado imediatamente por
Inglaterra e Estados Unidos.
Leia mais em nosso “blog do
marcelo alexandre”.
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