Artigo divulgado pelo Jornal JUMBINHO
A Índia deu o exemplo: A corrida de Fórmula
1 que aconteceu no Domingo, 30/10/2011, deveria servir de lição
para os governantes e empresários do Brasil, não pela competição
em si, mas pela forma que agiram seus promotores.
O Grande Prêmio da Índia foi
integralmente custeado pela iniciativa privada, o governo hindu não
tirou sequer um centavo da população para que o evento acontecesse,
lá, não isentaram nem as equipes nem os pilotos dos impostos,
sequer facilitaram a tramitação de documentos.
A iniciativa privada investiu 360
milhões de Reais, utilizados para pagar o projeto e construção do
autodromo e também para quitar a taxa de R$ 63 milhões, cobrados
pela FOM (Formula One Management).
O cabeça dos empresários é o
Sr. Sameer Gaur, da Jaypee Sports International Limited., ele espera
que comecem a ter retorno financeiro somente no quarto ano de prova,
os três primeiros servirão para recuperar o capital empregado.
Ao governo hindu coube a
coerência, aos investidores os atos, e à Vijjay Mallya, sócio da
equipe de carros Force India as palavras: “Numa nação como a
nossa, com tanta gente não privilegiada, pode-se dizer, seria no
mínimo inconveniência pedir subsídios para o governo”.
Enquanto isso, do outro lado do
mundo vive um povo explorado, o brasileiro! Aqui, salvo raras
exceções, os negócios são feitos com dinheiro público. Os
empresários leiloam seus empreendimentos para ver qual estado ou
cidade oferece mais benesses, prometem gerar empregos em quantias
que sabem ser impossível, pegam dinheiro no BNDES, recebem isenção
de tributos, contam em muitos casos com estatais como sócias e, em
campanhas eleitorais, bancam os políticos que bancam seus interesses
no cotidiano.
Taí a Copa de 2014, é difícil
dizer quem governa o Brasil, a dona Dilma ou a dona FIFA, mas parece
que quem manda para valer, neste jogo, é a última, pois é a “dona
da bola”.
A FIFA exige que os estádios
sejam assim e assado, até já pararam o movimento aéreo na segunda
maior metrópole do país por conta de umas bolinhas a serem
sorteadas.
O governo federal, já afirmou,
se preciso for vai decretar feriado nas cidades sede e
circunvizinhas, nos dias em que houver jogos, oxalá não deixem os
aeroportos abertos somente para quem tiver um ingresso para a partida
a ser disputada.
Os dirigentes daquela federação
esportiva, já mandaram proibir a meia entrada, bem como, fará o
Brasil reverter a proibição da venda de bebidas nos estádios.
A Copa, devido ao modelo
brasileiro de gestão, será uma grande oportunidade para ocorrer
transferência de riquezas, sendo que, os valores sairão dos cofres
públicos para as contas de umas poucas empresas.
É o capitalismo tupiniquim, bem
diferente do hindu.
Visite o blog
do marcelo alexandre e veja outros assuntos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário