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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

FÓRMULA CERTA

Artigo divulgado pelo Jornal JUMBINHO



A Índia deu o exemplo: A corrida de Fórmula 1 que aconteceu no Domingo, 30/10/2011, deveria servir de lição para os governantes e empresários do Brasil, não pela competição em si, mas pela forma que agiram seus promotores.

O Grande Prêmio da Índia foi integralmente custeado pela iniciativa privada, o governo hindu não tirou sequer um centavo da população para que o evento acontecesse, lá, não isentaram nem as equipes nem os pilotos dos impostos, sequer facilitaram a tramitação de documentos.

A iniciativa privada investiu 360 milhões de Reais, utilizados para pagar o projeto e construção do autodromo e também para quitar a taxa de R$ 63 milhões, cobrados pela FOM (Formula One Management).

O cabeça dos empresários é o Sr. Sameer Gaur, da Jaypee Sports International Limited., ele espera que comecem a ter retorno financeiro somente no quarto ano de prova, os três primeiros servirão para recuperar o capital empregado.

Ao governo hindu coube a coerência, aos investidores os atos, e à Vijjay Mallya, sócio da equipe de carros Force India as palavras: “Numa nação como a nossa, com tanta gente não privilegiada, pode-se dizer, seria no mínimo inconveniência pedir subsídios para o governo”.

Enquanto isso, do outro lado do mundo vive um povo explorado, o brasileiro! Aqui, salvo raras exceções, os negócios são feitos com dinheiro público. Os empresários leiloam seus empreendimentos para ver qual estado ou cidade oferece mais benesses, prometem gerar empregos em quantias que sabem ser impossível, pegam dinheiro no BNDES, recebem isenção de tributos, contam em muitos casos com estatais como sócias e, em campanhas eleitorais, bancam os políticos que bancam seus interesses no cotidiano.

Taí a Copa de 2014, é difícil dizer quem governa o Brasil, a dona Dilma ou a dona FIFA, mas parece que quem manda para valer, neste jogo, é a última, pois é a “dona da bola”.

A FIFA exige que os estádios sejam assim e assado, até já pararam o movimento aéreo na segunda maior metrópole do país por conta de umas bolinhas a serem sorteadas.

O governo federal, já afirmou, se preciso for vai decretar feriado nas cidades sede e circunvizinhas, nos dias em que houver jogos, oxalá não deixem os aeroportos abertos somente para quem tiver um ingresso para a partida a ser disputada.

Os dirigentes daquela federação esportiva, já mandaram proibir a meia entrada, bem como, fará o Brasil reverter a proibição da venda de bebidas nos estádios.

A Copa, devido ao modelo brasileiro de gestão, será uma grande oportunidade para ocorrer transferência de riquezas, sendo que, os valores sairão dos cofres públicos para as contas de umas poucas empresas.

É o capitalismo tupiniquim, bem diferente do hindu.

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