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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

LIVRO É LIXO!

Este artigo, divulgado pelo Jornal Jumbinho, detalha melhor o absurdo praticado contra a educação em Uberaba.


LIVRO É LIXO (EM UBERABA)


O Programa Nacional do Livro Didático é executado pelo governo federal, que envia a todas as escolas municipais e estaduais de ensino fundamental (do 1o ao 9o ano) os livros didáticos. Cada aluno recebe os seus, utiliza e devolve à escola no final do ano, eles têm vida útil de 4 anos. O governo disponibiliza várias obras de diferentes autores, cada escola seleciona o material segundo seus critérios, consultando seus educadores, avaliando sua clientela e finalmente adota os livros que melhor se adequem a sua realidade, dentre os fornecidos pelo Ministério da Educação.

Em Uberaba não era diferente, até que o Prefeito Anderson Adauto Pereira resolvesse andar na contramão. Mesmo o município já tendo recebido o material federal do PNLD, tê-lo aceito, carimbado com o nome das escolas e guardado nas estantes a espera do ano letivo, que se inicia junto com o mês de Fevereiro, o chefe do executivo resolveu renegá-lo.

A Prefeitura de Uberaba resolveu contratar sem licitação, à revelia da comissão de educação da Câmara Municipal, uma escola particular local para confeccionar apostilas para os alunos da rede pública. O valor contratado foi de R$ 12.513.000,00 por dois anos, serão fornecidas 84.930 apostilas em cada ano para 16.710 alunos. Façamos as contas: são 5 apostilas por aluno por ano, a um custo de R$ 73,60 cada uma. Convenhamos, por mais que se prometa serviços agregados ao material, o preço, principalmente devido à escala de produção é exorbitante.

As críticas a esse ato do executivo, como a que estou fazendo agora, estão sendo taxadas de “intrigas da oposição”, mesmo que assim fossem, estariam dentro do legítimo exercício democrático.

Associada a não exigência de licitação, que por si só já constitui um escândalo, pois a escola “premiada” pelo Prefeito é apenas a terceira colocada no ENEM, na cidade, em outras palavras, há duas outras instituições de ensino que se posicionaram melhor em um quesito comparativo de importância relevante, passo a citar outras aberrações: A escola contratada já era a encarregada de avaliar os alunos do ensino municipal, portanto agora fará uma “auto avaliação”, também a contratada mantém de forma contumaz professores não habilitados didaticamente em seus quadros, em outras palavras gente que nem formou para professor dá aulas lá, a parceira da prefeitura é apenas uma escola de primeiro e segundo graus, não possuindo em seu quadro funcional um significativo quadro de doutorados e mestrados, como se tem em uma universidade.

Mas a maior indignação fica para a destinação que terá os livros enviados pelo governo federal, uma vez dispensados se tornarão um “lixo educacional”.

Caro leitor, em Uberaba a “coisa” já está feita, cuide para que o mesmo não ocorra na sua nem em outras cidades, a não ser que você goste de pagar contas em duplicidade e que você ache que a tabuada, a gramática, ou os princípios que regem as ciências sejam folclores regionais.

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