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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

COITADA DA LÉA

Este artigo foi publicado há muitos meses no jornal EXPRESSO, e devido à negligência do poder público (executivo, câmara e ministério público) a situação não mudou, pelo contrário, piorou.

COITADA DA LÉA


Não adianta tapar o sol com peneira, em uma caçamba de obra se joga de tudo, “até” restos de construção. Tem lixo orgânico, cachorro morto, sobras de solventes e tintas, metais em geral (inclusive com ligas de chumbo, alumínio e zinco), baterias e pilhas, bem como lâmpadas fluorescentes.

Há alguns meses liberaram uma área para depositar o material descartado nas caçambas: a Pedreira de Léa. Esta, antigamente, servia à ferrovia Mojiana que de lá extraia brita para construir e manter linhas de trem. O que restou da antiga exploração tornou-se uma depressão impermeável, cercada por paredões de rocha em todos seus lados, exceto um, no qual confronta com o Córrego Lajeado, e este, deságua no Rio Uberaba acima das bombas que captam água para nossa cidade.

As minas d’água lá existentes estão sendo “entupidas”, suas águas se juntam às das chuvas e carreiam o chorume do lixo, que formou uma lagoa esverdeada digna de filmes de catástrofes futurísticas. A única saída para todo esse material “gosmento” é o pobre Lajeado.

O tratamento de água de Uberaba não tem a capacidade de eliminar resíduos químicos, por isso e muito mais, o correto seria prevenir a poluição, escolhendo e adequando outras áreas, preservando nascentes e controlando o inevitável chorume.

Cuidar do meio ambiente é muito mais que plantar arbustos nas calçadas. Coitada da Léa, coitados de nós!

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