Pesquisar este blog

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

CREMANDO A SAÚDE

Artigo a ser publicado pelo Jornal EXPRESSO em 08/10/2011

CREMANDO A SAÚDE


Você acha pesado carregar uma caixa de remédios? E 50 sacos de cimento, pesa muito? Respondo: 2500 kg.

A Prefeitura de Uberaba queimou 2517 kg de medicamentos que ela comprou e deixou vencer, sem entregar para os doentes. Pode?!

Pessoas morrem em casa, esperando silenciosamente o andar da “fiiiila eletrônica”, esperam horas pelo “pronto” atendimento, recebem remédios em casa pelas metades, chamam uma ambulância que quase chega depois da funerária, o Hospital da criança vive superlotado. Mas tem remédio para fazer fumaça.

Tentaram justificar o injustificável, alegando que existem remédios pesados, que outros municípios descartam medicamentos (se for nessa quantidade, não dá para dizer que sejam bem administrados!), que os médicos não receitam isso e aquilo (então por que compraram?) e que sobra remédio também em nossas casas (ora, se tenho que tomar 12 comprimidos e na caixa vêm 20, devo enfiar os 8 restantes goela abaixo?).

O uberabense pagador de impostos, não quer ver seu dinheiro na fogueira, ele quer ver o idoso e a criança sadios. Precisamos de fumacê contra a dengue e não de fumaça medicamentosa.

Talvez encha um galpão, seja frete para caminhão e peso para cinco caminhonetes, mas uma coisa é certa: é muita grana para uma cidade endividada “torrar”. Leia semanalmente o Jornal EXPRESSO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário