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domingo, 30 de outubro de 2011

DESVIO DE ROTAS

Reafirmo: o setor de trânsito da Prefeitura de Uberaba não encara de frente os reais problemas da cidade. Estão se dedicando a aspectos de pouca ou nenhuma importância em bairros. No entanto o centro da cidade foi abandonado, não pintam faixas, não consertam placas, nenhuma desapropriação foi realizada para melhorar cruzamentos, o trevo da Exposição foi reformado, piorou e está ao Deus dará.

Pelo relatado acima estou iniciando uma série de postagens que discutirá as mazelas do tráfego e da acessibilidade das vias uberabenses.

Inicio com um texto divulgado pelo Jornal Jumbinho em que denuncio as inversões de prioridades da PMU, parece, felizmente que estão revendo posições em relação à Av. Claricinda Rezende e passando a observar a necessidade da esmagadora maioria dos pagadores de impostos.

A postagem Rotas de luxo deste Blog, é na prática um resumo deste assunto.

DESVIO DE ROTAS


Escrever no Jumbinho me imbui de uma considerável responsabilidade: o Jornal circula em uma grande região de Minas e norte de São Paulo, portanto tenho que desligar de assuntos pontuais da minha Uberaba e concentrar em fatos e causas de maior abrangência.

No entanto, peço desculpas ao leitor pois desta vez relatarei uma questão local, lembrando que o homem comum aprende pelos próprios erros e o sábio aprende observando os erros alheios.

Os casos a seguir se referem à estrutura viária de Uberaba:

1- Uma obra foi planejada há anos e seria barato para terminá-la: ligar o Parque São José ao Residencial Flamboyant, através das Avenidas Claricinda Alves Rezende e João Theodoro Almeida, já existentes, bastaria uni-las por uma trincheira sob a ferrovia, o trânsito, dezenas de bairros e milhares de uberabenses seriam beneficiados.

Interesses pessoais e forças ocultas estão trabalhando em sentido contrário, até reunião já realizaram com intenção de modificar o traçado original. Cogita-se gastar muita verba para abandonar o previsto e fazer uma nova avenida para promover tal ligação, só que esta custará o desmantelamento de uma área de preservação permanente, que possui nascente d’água e matas. Se isto se efetivar, teremos o predomínio do interesse privado sobre o público, além de trocar o barato pelo caro.

2- R$ 14,5 milhões, garantidos pelos pagadores de impostos de Uberaba, é o que se pretende gastar para fazer uma avenida ligando o muito pouco ao quase nada: a “transmatozônica” sairá da periferia de um bairro, o Boa Vista, e passará nas costas de outro, o Fabrício e desembocará sua pequena demanda de trânsito na Univerdecidade (que é uma ampla área desabitada).

É preciso esclarecer que o traçado da avenida beneficiará um loteamento de alto padrão, enquanto a cidade continua com suas mazelas: ruas sem asfalto, esgoto a céu aberto, falta de médicos e remédios em postinhos, salas de aula com excesso de alunos, prédios públicos sem vigilantes e à mercê de arrombadores e vândalos, professores ganhando salário mínimo, falta de banheiros públicos no centro da cidade, etc.

Governar bem, é distinguir as reais necessidades públicas estabelecendo uma boa relação entre custo e benefício: Um viaduto sobre a Leopoldino Oliveira na Osvaldo Cruz, outro sobre os trilhos na Padre Eddie Bernardes, uma cirurgia urbanística no trevo da Exposição, concluir o que resta asfaltar na R. Espanha alargando-a, ligar o Tutunas à Univerdecidade ou calçar as ruas de Peirópolis, estão na prateleira das obras mais baratas e úteis a realizar.

Volto a pedir-lhe perdão, por tratar de assuntos que orbitam o meu umbigo, entretanto fica a conclusão que o processo de escolha de vereadores e prefeito em sua cidade, tem que passar pelo controle de qualidade quanto à sensibilidade e humanismo do político para estabelecer o que é prioritário.

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