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domingo, 1 de janeiro de 2012

ELITE DA DITADURA

1:00 da madrugada, 20 de março de 1968, Orlando Lovecchio Fo., 22 anos, piloto de aviação comercial, voltava para casa e perdeu uma perna: Terroristas liderados por Diógenes Carvalho Oliveira puseram uma bomba no consulado americano de São Paulo, a explosão decepou a carreira do jovem. Consequência: Orlando, recebe pensão de R$ 571 mensais, enquanto Diógenes, com mestrado cubano em explosivos, atacou 2 quartéis, participou de 4 assaltos, 3 atentados a bomba e uma execução, presente na cena de 3 mortes, esteve preso em 1969, mas logo foi trocado por um cônsul japonês sequestrado, andou por Cuba, Chile, China e Coréia do Norte, anistiado, voltou para o Brasil e virou o “Diógenes do PT” gaúcho, só deixando o partido após ser apanhado em conluio com o jogo do bicho, foi premiado. Em 24 de janeiro de 2007, o governo concedeu-lhe uma aposentadoria (bolsa ditadura) de R$ 1627 ao mês e ainda reconheceu uma dívida em “atrasados” no valor de R$ 400 mil (dados informados na Folha de S. Paulo, por Elio Gaspari em 2008).

Lula, “o Presidente pobre”, ficou preso por 31 dias em 1979 ao liderar uma greve, por isso obteve, desde 1985, uma indenização mensal que lhe rende hoje R$ 4200 mensais. Quantos aposentados pelo INSS, você conhece, que recebem esse valor?! É o bolsa ditadura!!

Desde 2001, a Comissão da Anistia já aprovou 12940 pedidos de indenização a pessoas que solicitaram reparação por perseguição política.

Até que enfim: Por considerar que houve exagero na concessão dos benefícios às vítimas da ditadura militar, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Marinus Marsico, está pedindo revisão de 9300 processos, que já custaram ao governo cerca de R$ 4 Bilhões.

Não pense que o sol nasceu para todos: Anistiado pobre fica sem indenização! Barqueiros, lavradores e comerciantes, que foram punidos por beneficiarem as guerrilhas contra o regime militar, aguardam até hoje as indenizações da Comissão de Anistia. Estes processos seguem lentos e alguns de seus autores morrem antes, de velhice.

Com a indústria de indenizações, surgiu a “elite da ditadura”: uma “turminha” que está se apossando da viúva (nação). Bem fez Fernando Gabeira, que se recusou, embora vítima de tiro, preso e torturado, a receber o bolsa ditadura. Ele foi claro ao dizer que lutava por um país igual para todos, portanto a “grana” da indenização é injusta.

Enquanto aqui ocorre a farra, na Argentina, a indenização do regime militar se limitou a U$ 75 por dia passado na prisão (cerca de R$ 135). É uma forma do Estado reconhecer o erro e se comprometer a não repeti-lo. Fosse lá, nosso “humilde presidente” teria direito a um único pagamento de R$ 4185. E só!!


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