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da madrugada, 20 de março de 1968, Orlando Lovecchio Fo.,
22 anos, piloto de aviação comercial, voltava para casa e perdeu
uma perna: Terroristas liderados por Diógenes Carvalho Oliveira
puseram uma bomba no consulado americano de São Paulo, a explosão
decepou a carreira do jovem. Consequência: Orlando, recebe pensão
de R$ 571 mensais, enquanto Diógenes, com mestrado cubano em
explosivos, atacou 2 quartéis, participou de 4 assaltos, 3 atentados
a bomba e uma execução, presente na cena de 3 mortes, esteve preso
em 1969, mas logo foi trocado por um cônsul japonês sequestrado,
andou por Cuba, Chile, China e Coréia do Norte, anistiado, voltou
para o Brasil e virou o “Diógenes do PT” gaúcho, só deixando o
partido após ser apanhado em conluio com o jogo do bicho, foi
premiado. Em 24 de janeiro de 2007, o governo concedeu-lhe uma
aposentadoria (bolsa ditadura) de R$ 1627 ao mês e ainda reconheceu
uma dívida em “atrasados” no valor de R$ 400 mil (dados
informados na Folha de S. Paulo, por Elio Gaspari em 2008).
Lula,
“o Presidente pobre”, ficou preso por 31 dias em 1979 ao liderar
uma greve, por isso obteve, desde 1985, uma indenização mensal que
lhe rende hoje R$ 4200 mensais. Quantos aposentados pelo INSS, você
conhece, que recebem esse valor?! É o bolsa ditadura!!
Desde
2001, a Comissão da Anistia já aprovou 12940 pedidos de indenização
a pessoas que solicitaram reparação por perseguição política.
Até
que enfim: Por considerar que houve exagero na concessão dos
benefícios às vítimas da ditadura militar, o procurador do
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Marinus
Marsico, está pedindo revisão de 9300 processos, que já custaram
ao governo cerca de R$ 4 Bilhões.
Não
pense que o sol nasceu para todos: Anistiado pobre fica sem
indenização! Barqueiros, lavradores e comerciantes, que foram
punidos por beneficiarem as guerrilhas contra o regime militar,
aguardam até hoje as indenizações da Comissão de Anistia. Estes
processos seguem lentos e alguns de seus autores morrem antes, de
velhice.
Com a
indústria de indenizações, surgiu a “elite da ditadura”: uma
“turminha” que está se apossando da viúva (nação). Bem fez
Fernando Gabeira, que se recusou, embora vítima de tiro, preso e
torturado, a receber o bolsa ditadura. Ele foi claro ao dizer que
lutava por um país igual para todos, portanto a “grana” da
indenização é injusta.
Enquanto
aqui ocorre a farra, na Argentina, a indenização do regime militar
se limitou a U$ 75 por dia passado na prisão (cerca de R$ 135). É
uma forma do Estado reconhecer o erro e se comprometer a não
repeti-lo. Fosse lá, nosso “humilde presidente” teria direito a
um único pagamento de R$ 4185. E só!!
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