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terça-feira, 1 de maio de 2012

ENCHENDO A MÁQUINA NO AÇUDE


CIRCULARÁ NO jUMBINHO

ENCHENDO A MÁQUINA NO AÇUDE

Um dos grandes jornais do Brasil, a Folha de São Paulo, noticiou que em localidades do Nordeste, a máquina de lavar roupas está chegando antes da implantação das redes de água e esgoto.
 
Ao analisarmos esta informação somos levados a comparar a iniciativa privada com a iniciativa pública, ou política, como queira.
A indústria de eletrodomésticos não fica parada, enquanto você lê este artigo, um exército de técnicos está trabalhando: Unidos não por uma pátria, mas por uma corporação, engenheiros dos mais diversos ramos, projetistas, químicos, administradores de empresas, pesquisadores de mercado, especialistas em ergonomia e muitos outros, estão pensando, calculando e experimentando novidades.
 
As primeiras máquinas de lavar que chegavam ao Brasil por importação eram pesadas, de difícil manutenção e poucos conseguiam adquiri-las. A concorrência e a competência da iniciativa privada cuidou, como sempre acontece, de promover uma revolução sem sangue.
 
Hoje as máquinas de lavar são mais leves, portanto consomem menos material em sua fabricação, o plástico tomou alguns lugares do metal barateando e imunizando as peças contra ferrugens. Formas, velocidades, posição de roupas, eficiência de motores elétricos, capacidade de lavagem, tudo foi e está sendo melhorado.
 
Aquecimento de água, programas de lavagem, compartimento para sabão e amaciante enfim um turbilhão dentro e fora da máquina em busca do fazer melhor e mais barato.
 
Se o consumidor tiver menor poder aquisitivo, poderá apelar para uma máquina mais simples, o tanquinho, se quiser a praticidade e puder pagar mais optará por uma máquina que lava e seca. Num mundo que dá certo, as máquinas de lavar podem ser consideradas como um robô que executa serviço doméstico.
 
Mas máquinas de lavar só funcionam se tivermos água e luz, o esgoto também é muito importante para seu aproveitamento ideal. É aí que a coisa emperra, pois passamos a falar da área pública e estamos pisando em solo brasileiro.
 
A falta da boa educação formal, que deveria ser disponibilizada nas escolas, públicas também, e o caráter e ética do eleitorado brasileiro, tem feito o povo penar. Governantes desonestos ou despreparados gastam muito, mas gastam mal, e não se dedicam ao que é mais importante, pelo contrário concentram se em reeleição, roubo, propinas e aparelhamento do estado.
 
Não vá se iludir acreditando que as pessoas que cuidam da energia elétrica e do saneamento de sua cidade são as mais capazes. Nestes departamentos os partidos que estiverem de plantão no poder, inflam o número de cargos e lá colocam seus partidários, os cabos eleitorais e a patota toda.
 
O resultado prático de tudo isso virou notícia: já chegou máquina de lavar onde o poder público sequer marcou presença.

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