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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Usuários do SUS

Quando ouvi um conselheiro de saúde atuante em Uberaba dizer que o Sistema Único de Saúde é o melhor plano que existe, tive certeza que tal convicção não condiz com a realidade. Bastaria citar o plano de saúde que atende os senadores brasileiros para negar a afirmativa. Nosso Senado proporciona aos seus parlamentares e família um plano de saúde praticamente infinito e ilimitado, custeado por nossos impostos.

O mesmo membro do Conselho Municipal, por outro lado, me fez enxergar uma outra realidade: “Todos somos usuários do SUS”. Pode soar como inverdade mas vamos analisar seus argumentos: As vacinações em massa, contra gripe, sarampo e etc., são atividades do Sistema Único, o serviço de combate à dengue, as ambulâncias que eventualmente possam nos socorrer ao envolvermos em acidentes... Portanto, só nos resta concordar com o enunciado.

De fato, o SUS tem muito para dar certo, pena que o mesmo é administrado por políticos da estirpe que andamos elegendo. A verbas acabam desencaminhando, fugindo de seus reais propósitos, sendo mal empregadas...

O presidente americano Obama, segundo alguns ufanistas estaria copiando o modelo do SUS para utilizá-lo lá, no entanto, a situação é bastante diferente. As mudanças que esse líder promoveu na América do Norte, seguem a linha de “obrigar” o cidadão a aderir a um plano de saúde, dentre os disponíveis no mercado. A oposição republicana têm questionado, inclusive tendo negada apelação na suprema corte daquele país, o fato desta lei interferir no livre arbítrio do cidadão.

Enquanto isso, aqui no Brasil, vivemos uma situação muito interessante, cuja resposta nos leva a especular contra aqueles que militam no setor: Você já parou para observar como, apesar da evolução tecnológica e de mercado, a saúde não reduz seus custos ao consumidor. Enquanto os demais bens e serviços têm, devido à concorrência, se tornado melhores e mais baratos, no setor saúde esta regra de mercado parece não valer.


Mais intrigados ainda ficamos ao comparar coisas plausíveis como os Hospitais que o governo de Minas fez construir na região. Com a mesma verba, 19 milhões de Reais, Uberlândia construiu um hospital municipal com 260 leitos para atender seus 650 mil habitantes, enquanto Uberaba está construindo em um terreno exíguo, um hospital que terá caráter regional e servirá a cidades cuja população soma 700 mil habitantes, mas que, pasmem, terá apenas 162 leitos.


O caso acima mostra que o SUS não necessita somente de verbas, carece também de bons gestores. Outro fato que corrobora com minha argumentação é a queima de toneladas de medicamentos em Uberaba, cerca de sete mil quilos. Nosso dinheiro virou cinzas!

Por sermos todos usuários do SUS e pagadores de impostos, é bom elegermos um pessoal capacitado e honesto para “tocá-lo” para frente.

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