Quando ouvi um conselheiro de saúde atuante
em Uberaba dizer que o Sistema Único de Saúde é o melhor plano que
existe, tive certeza que tal convicção não condiz com a realidade.
Bastaria citar o plano de saúde que atende os senadores brasileiros
para negar a afirmativa. Nosso Senado proporciona aos seus
parlamentares e família um plano de saúde praticamente infinito e
ilimitado, custeado por nossos impostos.
O mesmo membro do Conselho Municipal, por
outro lado, me fez enxergar uma outra realidade: “Todos somos
usuários do SUS”. Pode soar como inverdade mas vamos analisar seus
argumentos: As vacinações em massa, contra gripe, sarampo e etc.,
são atividades do Sistema Único, o serviço de combate à dengue,
as ambulâncias que eventualmente possam nos socorrer ao envolvermos
em acidentes... Portanto, só nos resta concordar com o enunciado.
De fato, o SUS tem muito para dar certo, pena
que o mesmo é administrado por políticos da estirpe que andamos
elegendo. A verbas acabam desencaminhando, fugindo de seus reais
propósitos, sendo mal empregadas...
O presidente americano Obama, segundo alguns
ufanistas estaria copiando o modelo do SUS para utilizá-lo lá, no
entanto, a situação é bastante diferente. As mudanças que esse
líder promoveu na América do Norte, seguem a linha de “obrigar”
o cidadão a aderir a um plano de saúde, dentre os disponíveis no
mercado. A oposição republicana têm questionado, inclusive tendo
negada apelação na suprema corte daquele país, o fato desta lei
interferir no livre arbítrio do cidadão.
Enquanto isso, aqui no Brasil, vivemos uma
situação muito interessante, cuja resposta nos leva a especular
contra aqueles que militam no setor: Você já parou para observar
como, apesar da evolução tecnológica e de mercado, a saúde não
reduz seus custos ao consumidor. Enquanto os demais bens e serviços
têm, devido à concorrência, se tornado melhores e mais baratos, no
setor saúde esta regra de mercado parece não valer.
Mais intrigados ainda ficamos ao comparar
coisas plausíveis como os Hospitais que o governo de Minas fez
construir na região. Com a mesma verba, 19 milhões de Reais,
Uberlândia construiu um hospital municipal com 260 leitos para
atender seus 650 mil habitantes, enquanto Uberaba está construindo
em um terreno exíguo, um hospital que terá caráter regional e
servirá a cidades cuja população soma 700 mil habitantes, mas que,
pasmem, terá apenas 162 leitos.
O caso acima mostra que o SUS não necessita
somente de verbas, carece também de bons gestores. Outro fato que
corrobora com minha argumentação é a queima de toneladas de
medicamentos em Uberaba, cerca de sete mil quilos. Nosso dinheiro
virou cinzas!
Por sermos todos usuários do SUS e pagadores
de impostos, é bom elegermos um pessoal capacitado e honesto para
“tocá-lo” para frente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário