Pesquisar este blog

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O pensamento liberal


O pensamento liberal

Para nos orientarmos perante tanta variedade de pensamento e comportamento, costumamos adotar modelos simplificados, ou pior simplistas, que tentam englobar algo muito maior e torná-lo palpável, atingível e comparável.

É comum utilizarmos a dualidade: bem ou mal, certo ou errado, céu ou inferno, conservador ou revolucionário...

 Na política costumamos falar em esquerda, trazendo consigo os socialistas, ou direita, que incorpora os liberais. Nesse raciocínio bipolar, teríamos os comunistas como radicais da esquerda e os nazi-fascistas como de extrema direita.

Mas essa visão é questionável, como veremos a seguir. A revolução francesa (1789) foi o ápice de um fenômeno que denominamos iluminismo, no qual pensadores e filósofos criaram as bases do estado moderno, arrastando seus efeitos inclusive para as monarquias que sobreviveram Europa afora.

Antes das mentes se “iluminarem”, o rei era absoluto, fazia e desfazia a seu bel prazer. Os franceses propuseram a queda da monarquia e a implantação da república (coisa pública, de todos), compostas por poderes independentes e complementares: judiciário, legislativo e executivo.

O grande laboratório do iluminismo foi a independência dos Estados Unidos, conquistada doze anos antes da queda da corte francesa, os Americanos, quando expulsaram os ingleses escolheram ser uma república e terem um presidente eleito, mais tarde essa movimentação iria inspirar a Inconfidência Mineira, mas isso é outra história...

A pecha de esquerdista ou direitista nasceu durante a revolução francesa, uma vez que os mais conservadores, que tendiam a preservar o que já estava estabelecido e retardar as modificações se agrupavam à direita no parlamento, enquanto aqueles que lutavam por mudanças mais significativas e rápidas, sentavam se a direita, daí: ou se era da direita ou da esquerda.

Mais uma vez, de maneira muito radical e simplista, podemos identificar três principais tendências de pensamento e ações entre os revolucionários franceses: 1) havia aqueles que trabalhavam para que os efeitos da revolução chegassem ao interior e atingissem todos os camponeses de uma forma socializada, estes seriam os pais do socialismo moderno, que quando extremados seguem as ideias de Karl Marx (só se chega ao poder através da luta armada) inspiração para Fidel Castro, Guevara, além de Zé Dirceu e Dilma em passado recente. 2) outros eram nacionalistas, que primavam pelo fortalecimento do poder, e seus extremados queriam um estado forte e dominador, as consequências desaguaram em guerras mundiais, através do nazismo e do fascismo. 3) Alguns tinham a convicção de que o povo deveria conter a elefantíase do estado, ou seja o poder não deveria interferir demasiado na vida social e econômica do cidadão, esta é a corrente liberal, a que mais vingou no solo americano.

Refletindo: as tendências nazi-fascistas dialogam mais com o comunismo do que com o liberalismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário