NÃO HÁ VAGAS
O CAGED, Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados, do Ministério do Trabalho compila informações de
contratações e demissões com carteira assinada, portanto seus
dados informam como anda o mercado formal de trabalho no país, e o
faz cidade por cidade, Brasil afora.
Todas empresas são obrigadas a prestar
informações ao CAGED, sob pena de multa caso não o façam. O saldo
de um determinado período é obtido totalizando as contratações e
subtraindo dessas as demissões ocorridas na mesma época.
Uma busca no banco de dados do CAGED nos
trouxe alguns números, referentes a variação de vagas em algumas
cidades cobertas pelo JUMBINHO.
Após o nome do município, apresento o
resultado de Julho de 2012, e em seguida o total dos doze últimos
meses: Agosto de 2011 a Julho de 2012, do mesmo local, note que há
números precedidos de sinais negativos, o que significa perdas e não
acréscimos de vagas para trabalhadores:
Araxá: Julho de 2012: 197 vagas e, de Agosto
de 2011 a Julho de 2012, 1564 postos de trabalho. Perdizes: 278 e
482. Tapira: 62 e 272. Nova Ponte: -55 e –438 (ambos negativos).
Sacramento: 74 em Julho de 2012 e por coincidência 74 nos últimos
12 meses deste levantamento.
Frutal: 82 e 893. Pirajuba: 48 em Julho e 21
em doze meses. Veríssimo: 15 e 8. Capinópolis 109 e –921,
portanto, ao longo de um ano o saldo foi desfavorável. Ituiutaba 222
e 969. Canápolis com os números negativos – 41 para Junho e –
1567 para todo um ano.
Uberlândia 616 e 10.890, sem dúvidas
excelentes números, no entanto, a segunda cidade mais populosa,
comportou de forma antagônica: Uberaba –229 e –216, ou seja,
encerrou mais de duzentas vagas.
Ao analisarmos os resultados, em especial os
que se referem a cidades menores, devemos manter a prudência e
considerar que basta uma empresa de certo porte ou uma atividade que
se destaque ali, sofrer certa alteração, para contaminar, de forma
positiva ou negativa, o resultado final.
No entanto, para as maiores da região,
Uberlândia e Uberaba, detentoras de economias diversificadas, o
total infere tendências que não podem ser desconsideradas.
As políticas administrativas, leia-se atos da
prefeitura e da câmara, pesam mais para ambas, que empresas ou ramos
de atividades considerados isoladamente.
A verdade é que Uberaba vive um péssimo
momento, no qual o poder público muito quer arrecadar através de
multas, aumentando impostos e acrescendo alíquotas e quantidade de
taxas, isto mina o poder de consumo popular. A terceirização da
merenda escolar, o alto custo do transporte coletivo..., tudo, tem e
cobra seu preço. A diferença abissal entre as cidades faz Uberaba
clamar por mudança de rota.
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