ALOPRADO
O
julgamento do mensalão tem data para começar, 1o
de Agosto próximo. O Supremo Tribunal Federal já estabeleceu os
ritos (regras) a serem seguidos para garantir ampla defesa e
celeridade, a corte máxima espera concluir a sentença dos 38 réus
em pelo menos 2 meses.
O
Triângulo Mineiro pode se sentir desonrado por abrigar dois dos
indiciados: o prefeito de Uberaba, Anderson Adauto, e seu secretário
de luxo, José Luiz Alves, que no momento preside o Codau (o
departamento de água e esgoto de Uberaba), cargo preenchido por
indicação do executivo municipal.
Porém,
estes réus não são a locomotiva do processo, são apenas bondes
que estariam na mesma composição. A denúncia que chegou a mais
alta corte do país aponta José Dirceu como o grande chefe.
Ele
foi ministro da Casa Civil do governo Lula, após o envolvimento no
mensalão voltou a ser deputado e foi julgado por seus pares, em um
processo político, sendo cassado e tornado inelegível até os dias
de hoje.
A
história de Dirceu é mais longa, foi guerrilheiro treinado em Cuba
(aquela ilha que Fidel Castro está deixando como herança para o
irmão), descoberto fazendo maldades por aqui, correu novamente para
lá, fez cirurgias plásticas no rosto, voltou para o país que ele
queria transformar em comunista através das armas e se instalou no
estado do Paraná, onde conviveu com uma mulher por anos escondendo,
até da coitada, seu passado.
Agora,
próximo ao dia do julgamento no STF, está convocando lideranças
estudantis e movimentos sociais a irem às ruas em defesa do grupo
acusado, pois quer exercer pressão pela absolvição.
Palavras
de Dirceu: “Todos sabem que esse julgamento é político, essa é
uma batalha a ser travada nas ruas senão a gente vai ouvir uma só
voz, pedindo a condenação sem provas. É a voz do monopólio da
mídia.” Pode??
Além
destas palavras revelarem uma face que os cirurgiões plásticos não
conseguiram modificar: a vocação para ditador que quer calar a
imprensa e atropelar o Judiciário, a manifestação nos leva a
refletir sobre outros casos que trazem algo em comum: os réus, mesmo
após sua condenação em última instância, continuam negando seus
crimes num sinal muito claro de arrependimento zero.
Dizer
que foi injustiçado, que é vítima de um complô, que sofreu
processo político, pode até ser um direito de espernear que
tenhamos que respeitar, mas tal direito deveria vir acompanhado de
endurecimento das penalidades, afinal quem nega que fez, ou defende o
erro que cometeu, precisa de maior punição para resguardarmos a
sociedade e suas instituições.
Em
certos países da Europa, negar que o holocausto (massacre de judeus
pelos nazistas) tenha ocorrido é crime, isto evita que uma mentira
seja usada com a finalidade de alimentar posições neonazistas.
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