Pesquisar este blog

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

183%

   Este artigo está sendo escrito em um momento muito simbólico para o País: inflação descontrolada, PIB praticamente zerado, recessão técnica, explosão dos gastos públicos...e Dilma na praia. Será que a Presidente está cansada de faltar ao trabalho!? Pois nos últimos quarenta dias antes da eleição ela foi apenas uma vez ao Palácio do Planalto.

    Durante a campanha, enquanto candidata, alegou que Aécio subiria a taxa de juros. Passado o segundo turno, o que ela fez? A petista aumentou os juros, reforçando a posição brasileira de campeã mundial em taxas de juros, “status” que Fernando Henrique, em épocas mais críticas não alcançou, mas que o governo atual conquistou, e parece não querer abrir mão deste recorde negativo.

    O ambiente econômico está péssimo, o desemprego batendo à porta, a inadimplência aumentando e agora, com o incentivo dado pelo Planalto (se é que a Dilma esteve lá) ao aumento de juros, a taxa média do cheque especial subiu para 183,2%, a maior desde 1999.

    Como as palavras saem fácil, principalmente das bocas mais irresponsáveis, vale lembrar que na campanha que elegeu Lula ao primeiro mandato, ele vivia comparando o que aconteceria com cem Reais colocados em uma poupança e outros cem Reais que fossem devidos ao cheque especial. A diferença se mostrava astronômica. Falou enquanto teve voz, ganhou votos, eleições mas a realidade piorou com o passar do tempo.

    Não é exceção, é regra, Lula criticava o fator previdenciário, o povo lhe deu oito anos para mudá-lo ou extinguí-lo, o que ele fez? – Se você respondeu nada, errou. Um Deputado fez tramitar e aprovar uma Lei que eliminava o tal fator, mas na hora de sancionar, ao invés disto, Lula vetou.

    Na campanha, os “Dilmistas” conseguiram desconstruir a imagem de Marina Silva, alegando que com autonomia do Banco Central, a comida iria sumir da mesa dos pobres, uma invenção sem pé, nem cabeça, mas que pegou bem em um país de analfabetos funcionais.

    A crise de abastecimento traz a tona outra promessa não cumprida por Dilma: Você sabia que somente o governo federal tributa as contas de água? Os municípios isentam os consumidores, os estados também, mas a turma de Brasília não perdoa, cobra PIS e COFINS. Lembro que Dilma, em sua primeira campanha à presidência havia prometido zerar estes impostos. Neste Brasil, em que boa parte das casas, especialmente do Norte e do Nordeste, não têm água encanada e coleta de esgoto, a palavra de um político não pode ser como um risco na água (se é que tem água).

    183,2 %, liderança mundial, movida e mantida pela insegurança, má gestão econômica e corrupção, acompanhadas de devaneios de um Ministro da Fazenda “demitido em exercício”. Um mal recomeço e um fim imprevisível.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário