Educação padrão FIFA
A defasagem da formação escolar do
brasileiro inicia-se bem cedo, logo quando ele se matricula no
primeiro grau (antigos primário e ginásio, hoje denominados ensino
básico e fundamental). A deficiência de conhecimento é uma endemia
nacional, que acarreta a desvalorização do professor, aplicação
indevida das escassas verbas, etc.
Como o alicerce é fraco, espera-se que no
terceiro grau, ou universitário, a casa caia. E cai mesmo! Se
brincar cai o prédio e o guindaste usado em sua construção.
As faculdades mundo afora são analisadas
através do URAP (University Ranking by Academic Performance), que
nada mais é que um comparativo de desempenho entre as universidades
em determinadas áreas de formação.
Dentre os critérios usados destacam-se a
produção científica (teses e patentes registradas), o porte da
instituição, a presença de professores e ex-alunos agraciados com
premiação, a internacionalização e o desempenho perante os meios
de comunicação.
Como resultado de nossa fraca formação
escolar temos apenas em 91o lugar nossa mais destacada
faculdade de engenharia, aparecemos na 83a colocação
quando se trata de ciências sociais e menos pior um pouquinho
aparece em 38o na formação em medicina.
Mais uma vez, salvando a pele do país, como
já acontece na economia, aparece o curso de ciências agrárias em
um honroso sexto lugar neste ranking mundial.
Por não levar o ensino a sério em qualquer
de suas fases, o Brasil é um país extremamente dependente de
tecnologia e conhecimento científico produzido no exterior, como
exemplo, somos o único entre os emergentes que não possui uma
montadora de carros de destaque, só há estrangeiros neste setor.
A ação expansionista exercida pelo
ex-presidente Lula, aumentando o número de universidades federais,
não abordou a qualidade, apenas mexeu na quantidade e aumentou a
precariedade. As cotas também devem ser questionadas, pois
examinadas a fundo não passam de uma compensação àqueles que não
foram acolhidos de foram ideal nos ensinos médio e fundamental.
Verbas podem até existir, poderão ser
aumentadas, mas pouco mudará se não combatermos os esquemas
montados para gastá-las: terceirização da merenda, transporte
escolar, entrega de uniformes e kits escolares, compra de
computadores e lousas eletrônicas, substituição de livros por
apostilas e construção de prédios escolares superfaturados, tudo
isso envolvido em muita corrupção e propina.
No país da Copa e das Olimpíadas, temos
salas de aula superlotadas, escolas sem biblioteca e professores que
não ganham em um ano o que um político recebe em um mês. É mudar
ou viver na ignorância.
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