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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Nas costas sem asas do povo

     O governo federal está se preparando para aprontar mais uma: O Brasil irá subsidiar o preço de passagens aéreas em voos regionais. Subsídio, via de regra, é suicídio, contraria o mercado, prejudicando a livre concorrência e distorcendo hábitos de consumo.
 
    Que necessitamos ampliar o número de usuários e de linhas aéreas é ponto pacífico, porém a forma de se alcançar tal objetivo não poderia ser esta nefasta escolha de tomar dinheiro público e colocar nos cofres das companhias aéreas.
 
    O caixa federal é construído com o esforço de muitos. Enquanto lemos este Jumbinho há alguém trabalhando duro para conquistar seu salário mínimo ao fim do mês, esta pessoa consumirá produtos e serviços extremamente básicos que gerarão impostos carreados para Brasília e, infelizmente, parte desse esforço, parcela desse recolhimento, direta ou indiretamente financiará o embarque alheio.
 
    Segue um exemplo: Um assalariado ao pedalar para o trabalho tem a infelicidade de danificar um pneu de sua bicicleta em um buraco, dirige se a uma bicicletaria, repõe o estrago e consequentemente paga um sem número de impostos (que elevam o custo de seu direito de ir e vir), mas a turma de Brasília, ao invés de se preocupar com as péssimas condições dos pavimentos de ruas, coloca os frutos desta e de outras arrecadações nos assentos de aeronaves.
 
    Neste País, que pagará para as aéreas serem ineficientes, e que já baixa impostos para automóveis, temos distorções ainda mais sérias: Embora falte ligação de água tratada em cerca de 30% das casas, especialmente aquelas localizadas nas regiões que mais votaram pela reeleição da Presidente, o governo federal tributa as contas de água, cobrando PIS e COFINS sobre o montante das mesmas. Estados e Municípios isentam os consumidores, no entanto, apesar de Dilma Roussef ter se comprometido, em sua campanha à presidência ocorrida a quatro anos, a extinguir essa sanha arrecadatória, a promessa não foi cumprida.
 
    Não temos boas estradas, nem segurança para andar nas ruas, a saúde anda doente e o ensino analfabeto, mas temos governantes dispostos a tomar dinheiro de muitos e beneficiar uns poucos, cobrindo deficiências e fatos que desabonam a Nação: temos um dos custos de querosene de aviação entre os mais caros do mundo, eles poderiam ser minorados com medidas como a moralização da gestão da Petrobrás. Menos desvios representariam menores preços do combustível e dos bilhetes da aviação.
 
    CONTABILIDADE CRIATIVA: nem com este recurso as contas fecham, por isso Dilma enviou para o congresso projeto visando adequar a Lei à sua incompetência de gerar um superávit primário para pagamento de nossas dívidas.  

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