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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Por favor, um médico de verdade!


Por favor, um médico de verdade!

A incompetência vive instigando os governantes a pularem etapas. Veja as cotas: por não oferecer ensino de boa qualidade nas escolas públicas de primeiro e segundo graus, os alunos que as frequentam são alijados na disputa por vagas em universidades federais. Solução proposta: cotas raciais, para a escola pública e empréstimos para que o pobre banque a faculdade particular.
 
Quando a voz das ruas exigiu saúde padrão FIFA o governo tascou a ideia de “importar” médicos. Trazer profissionais estrangeiros? Tudo bem! Só que querem dispensá-los dos exames de conhecimento para validar seus diplomas. Ora, se o estrangeiro não provar que está apto como poderemos confiar-lhe nosso maior patrimônio, que é a saúde?
 
Trazer médicos cubanos, que são escravizados lá, para cá, pode ser fácil, difícil será trazer médicos da Europa como os espanhóis. Ao saber do interesse do governo brasileiro, o Conselho Geral do Colégio de Médicos da Espanha já desconfiou: quer saber o número de leitos, a quantidade de funcionários, os recursos e o acesso a remédios nos locais onde os espanhóis viriam atuar.
 
Ao conhecer as reais condições de trabalho, a remuneração, o clima, tenho certeza que médicos portugueses e espanhóis optarão por tentar vagas na Alemanha, Inglaterra ou países nórdicos, os que vierem dificilmente ficarão.
 
Sabedora de tais fatos, a Presidente resolve, à revelia da classe, mudar o curso de medicina de seis para oito anos, obrigando os formandos a prestar serviço público em locais escolhidos pelo governo e para o governo. Esta é a “democracia petista” escolhe onde, quando e por quanto alguém irá trabalhar.
 
Vá aos setores de arrecadação do governo federal, o INSS ou a Receita, observe que aqueles que lá trabalham integram uma elite do conhecimento, tendo sido aprovados em concursos dificílimos, aos quais se interessaram atraídos pela remuneração e a carreira. Para arrecadar cada centavo eles formam um time seleto, mas para a saúde...
 
Enquanto os políticos tem convênio para tratar sua saúde e hospitais particulares com os mais experientes médicos, o usuário do SUS contará com jovens, que sequer completaram seu curso de medicina, para atendê-lo. O pobre que necessita do tratamento de saúde público será cobaia de estudantes que talvez ainda terão um diploma.
 
De que adiantam peões se não há reses! Sem equipamentos de boa qualidade, sem leitos, sem laboratórios de análises clínicas, sem remédios o que poderá fazer um médico no meio do mato? Seu serviço assumirá riscos que se estenderão para sua integridade física. Um médico, no Brasil selvagem, poderá ser julgado, condenado e executado na ponta da faca ou no gatilho. Lembremos que a ignorância busca culpados para se vingar.
 
Os governos petistas têm se sustentado na publicidade, na falácia e no oferecimento de atalhos. Colocar os brasileiros carentes nas mão de “projetos de médicos” é mais um deles.

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