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sexta-feira, 5 de julho de 2013

MPL

MPL

Vamos à praça principal da cidade para trocarmos umas ideias? Chegaremos lá, sentaremos em um banco, admiraremos o serviço da natureza que recebe uma forcinha dos jardineiros e se necessário colocaremos resíduos nas lixeiras, tudo de graça. Opa! Nada grátis, tudo pago por nossos impostos e disponível para uso público.
 
O Movimento Passe Livre, responsável pela eclosão de manifestações país afora, acredita ser possível a implantação do transporte público livre de cobrança de passagens. Em princípio essa ideia pode parecer absurda, pois sua concepção beira um surto esquerdista daqueles sem pé nem cabeça.
 
Mas, para balizarmos nossas opiniões, temos que fazer uma análise mais profunda das vantagens que trariam um transporte coletivo sem tarifa, leia-se “ônibus de graça”.
 
Com o passe livre, toda a classe trabalhadora e estudantil seria beneficiada, também as empresas e de duas formas: poupariam gastos com vale transporte e lucrariam com o aumento da renda de seus consumidores, pois estes não gastariam com passagens urbanas. Havendo maior consumo de outros bens, aumentaria a arrecadação de impostos.
 
Um grande número de veículos deixaria as ruas, trazendo vantagens: descongestionamento do trânsito, vagas para estacionar, facilidade de carga e descarga de mercadorias e menor poluição por gases da combustão dos motores.

Ao retirarmos carros, motos e bicicletas de circulação, evitaremos acidentes, aliviando prontos-socorros, hospitais, clínicas de fisioterapia e em consequência melhoraremos o combalido serviço de saúde, cujos gastos se iniciam no deslocamento de ambulâncias e viaturas para resgatar os acidentados.
 
O transporte público isento de cobrança seria bancado por nossos impostos, que diga-se de passagem, em grande parte são desperdiçados em outros campos (inclusive de futebol), no entanto, isso não alija o setor privado deste processo, pois as prefeituras podem contratar ônibus a serem remunerados por quilômetro rodado.
Saindo do imaginário para o real, o transporte público sem cobrança já existe em alguns lugares, destacando se no Brasil a cidade de Agudos no interior de São Paulo, cujo prefeito confirma em vídeo bastante acessado na internet as vantagens obtidas.
 
Em Uberaba, na última eleição para prefeito, o candidato Edson Santana empunhou a bandeira do passe livre, ao sugerir dois eixos urbanos servidos por coletivos sem tarifa.
 
Não há como a frota de veículos crescer indefinidamente sem que o poder público tome providências, uma delas pode ser dar ouvidos ao MPL.

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