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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Naufrágios


Naufrágios

Já que as últimas notícias do desempenho econômico têm trazido o brasileiro para a realidade e aproveitando o momento em que até os ufanistas percebem que o Brasil não tem vocação para locomotiva e caso fosse vagão estaria freando e segurando toda a composição, passemos a comparações mais adequadas:
 
O Brasil tem muito a ver com o Titanic, ambos de enorme extensão e nas águas do Atlântico, foram capitaneados por barbudos que não deram conta do recado.
Os dois, em seu apogeu, fizeram da publicidade seu carro chefe, mas os que realmente trabalharam para que fossem construídos sequer foram valorizados.
 

Com populações divididas em primeira, segunda e terceira classes, observamos que enquanto alguns privilegiados se regalam em festanças, os subalternos convivem com ratos, ambientes insalubres e etc.
 
Ambos demandaram bastante esforço para serem construídos, e permanecer neles significa gastar muito dinheiro, para uns as passagens e para outros a carga tributária, mas todos vão entrar numa fria.
 
Enquanto a maioria dorme em berço esplêndido, seus timoneiros conduzem todos ao desastre. Os barbudos deixaram o comando e apostam que voltarão gloriosamente ao cargo, mas suas diretrizes estão conduzindo seus barcos a destinos fatais.
 
A prepotência dos capitães, não os permite enxergar os monstros que podem surgir: para nós a inflação, a estagnação econômica e o alto nível de endividamento, para os outros um enorme iceberg.
 
Há que se reconhecer, que embora houvesse um barbudo escalado para comandar, quem dava realmente as cartas em ambos eram os empresários, no barco ordenando acelerar e neste país, que também poderá naufragar, utilizando-se de benesses, de tráfico de influência, de fraudes em licitações e outros delitos para o enriquecimento ilícito.
 
Apesar dessas comparações e argumentos beirarem ao mau gosto ou a infantilidade, devemos tomar o naufrágio do Titanic como uma lição, um evento que muito tem a ensinar. Temos que planejar bem o que desejamos executar, considerar as possíveis falhas, agir com segurança, atenção, aprender com as experiências e avisos daqueles que trilharam o mesmo caminho que escolhemos seguir.
Quando os brasileiros e seus escolhidos para governar, de forma ignorante e infelizmente costumeira, se colocam como se fossem superiores, ficam inebriados por um sucesso que jamais se realiza. 

Não há desenvolvimento verdadeiro e que perdure sem trabalho árduo e honesto, sem ensino de qualidade e sem a imposição da ditadura do mérito, através do reconhecimento da virtude e do esforço, em detrimento do famigerado “jeitinho brasileiro”.

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