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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

GANGNAM STYLE


GANGNAM STYLE

Um fenômeno está acontecendo na internet: o clipe da música de um coreano do sul foi o primeiro vídeo a alcançar um bilhão de acessos e continua crescendo. Trata-se da música “Oppa Gangnam Style” do cantor Psy.
 
E nós com isso? O que isso traz de útil para os brasileiros?
Vamos lá: “Gangnam style” pode ser traduzido como “estilo Gangnam”, mas para entendermos melhor é bom que saibamos que “Gangnam” é uma espécie de subúrbio rico de Seul, a capital da Coréia do Sul.
 
Neste complexo de prédios moderníssimos convivem milhares de “ricos novos” daquele pais. Mas, como uma nação sem muitos recursos naturais, que esteve sob domínio japonês por vinte e cinco anos e posteriormente enfrentou uma guerra que o dividiu em regiões sul e norte gerou uma classe de milionários? Por que a Coréia do Sul tem também uma das maiores rendas “per capita” do mundo?
 
A resposta está numa obsessão inesgotável pela educação. Este país asiático, com seus cinquenta milhões de habitantes promoveu a revolução através do ensino, alcançando índices invejáveis, como menos que um por cento de analfabetos e mais de oitenta e cinco por cento de seus jovens formados em curso superior.
 
É indispensável lembrar que este Brasil que anda de lado, em primeiro lugar gasta pouco com educação e em segundo lugar que este gasto é de má qualidade.
 
Enquanto na Coréia do Sul os professores são bem remunerados (inclusive alguns moram em Gangnam), há educadores brasileiros que ganham menos que o salário mínimo, e como sofrem para por comida na mesa imagine se eles têm possibilidade de comprar um livro.
 
Os políticos de má qualidade, que são escolhidos por um povo que recebe ensino de péssima qualidade, usam as verbas destinadas ao ensino em programas de horrível qualidade.
 
Terceirização da merenda, inclusive formando uma “máfia”, segundo o Ministério Público, compra de computadores para alunos, o que gera ilusões e posteriores frustrações, pois os mesmos são precários e não há redes de comunicação disponíveis, uso de apostilas compradas sem licitação em detrimento de livros do governo federal. Isso ou aquilo piora a qualidade do investimento em ensino.
 
Não basta ser coreano, tem que ser do sul! A Coréia do Norte, que aderiu ao regime comunista vive a beira da fome, enquanto seu ex-ditador Kim Jong Il, frequentava restaurantes franceses e outros internacionais, pedia uns vinte pratos do cardápio e beliscava um pouco de cada para conhecer seus sabores. Portanto políticos ruins trazem desgraças coletivas.
 
Se o Brasil começasse hoje um investimento sério e maciço na educação, em cerca de vinte anos os índices de violência despencariam e daqui uns trinta e cinco poderíamos viver em “Gangnam Style”.

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