GANGNAM STYLE
Um fenômeno está acontecendo na internet: o
clipe da música de um coreano do sul foi o primeiro vídeo a
alcançar um bilhão de acessos e continua crescendo. Trata-se da
música “Oppa Gangnam Style” do cantor Psy.
E nós com isso? O que isso traz
de útil para os brasileiros?
Vamos lá: “Gangnam style”
pode ser traduzido como “estilo Gangnam”, mas para entendermos
melhor é bom que saibamos que “Gangnam” é uma espécie de
subúrbio rico de Seul, a capital da Coréia do Sul.
Neste complexo de prédios
moderníssimos convivem milhares de “ricos novos” daquele pais.
Mas, como uma nação sem muitos recursos naturais, que esteve sob
domínio japonês por vinte e cinco anos e posteriormente enfrentou
uma guerra que o dividiu em regiões sul e norte gerou uma classe de
milionários? Por que a Coréia do Sul tem também uma das maiores
rendas “per capita” do mundo?
A resposta está numa obsessão
inesgotável pela educação. Este país asiático, com seus
cinquenta milhões de habitantes promoveu a revolução através do
ensino, alcançando índices invejáveis, como menos que um por cento
de analfabetos e mais de oitenta e cinco por cento de seus jovens
formados em curso superior.
É indispensável lembrar que
este Brasil que anda de lado, em primeiro lugar gasta pouco com
educação e em segundo lugar que este gasto é de má qualidade.
Enquanto na Coréia do Sul os
professores são bem remunerados (inclusive alguns moram em Gangnam),
há educadores brasileiros que ganham menos que o salário mínimo, e
como sofrem para por comida na mesa imagine se eles têm
possibilidade de comprar um livro.
Os políticos de má qualidade,
que são escolhidos por um povo que recebe ensino de péssima
qualidade, usam as verbas destinadas ao ensino em programas de
horrível qualidade.
Terceirização da merenda,
inclusive formando uma “máfia”, segundo o Ministério Público,
compra de computadores para alunos, o que gera ilusões e posteriores
frustrações, pois os mesmos são precários e não há redes de
comunicação disponíveis, uso de apostilas compradas sem licitação
em detrimento de livros do governo federal. Isso ou aquilo piora a
qualidade do investimento em ensino.
Não basta ser coreano, tem que
ser do sul! A Coréia do Norte, que aderiu ao regime comunista vive a
beira da fome, enquanto seu ex-ditador Kim Jong Il, frequentava
restaurantes franceses e outros internacionais, pedia uns vinte
pratos do cardápio e beliscava um pouco de cada para conhecer seus
sabores. Portanto políticos ruins trazem desgraças coletivas.
Se o Brasil começasse hoje um
investimento sério e maciço na educação, em cerca de vinte anos
os índices de violência despencariam e daqui uns trinta e cinco
poderíamos viver em “Gangnam Style”.
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