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domingo, 9 de dezembro de 2012

Não deu para segurar

Não foi por falta de persistência ou tentativa, mas a versão petista de que o mensalão não existiu caiu por terra, bastou o Ministro Joaquim Barbosa do Supremo Tribunal Federal iniciar a leitura de seu voto nesta segunda-feira, 17 de setembro para percebermos que as provas coletadas pelo Ministério Público Federal são para lá de contundentes.
 
Há confissões, denúncias, documentos que comprovam pagamentos ilícitos, etc..., portanto aquela historinha, que estava fazendo a boiada dormir, de que o dinheiro do PT provinha de empréstimos legítimos, e que era repassado a partidos aliados como colaboração de campanha eleitoral, sendo usado sem a devida contabilização, o dito caixa dois não colou.
 
A tese do Procurador Geral da República, Sr. Gurgel, está sendo provada e admitida na íntegra: Armaram um esquema, uma quadrilha, que desviava dinheiro público, predominantemente do Banco do Brasil, do qual retiravam vultuosas verbas alegando que fariam propaganda e publicidade, no entanto, as agências contratadas apenas simulavam gastar o dinheiro corretamente, pois o serviço não era executado, ou era sem no entanto os descontos obtidos serem devolvidos, conforme rezava o contrato ao BB.
 
Uma vez desviado o dinheiro o esquema passava a se utilizar de bancos, leia se BMG e Rural, para abrigar a bufunfa, que saía de forma disfarçada, por exemplo através de empréstimos fraudulentos ou totalmente descalçados das típicas garantias bancária impostas ao sistema financeiro nacional.
 
Depois que o dinheiro era “emprestado” ao PT, ele chegava às mãos de políticos de partidos aliados, às vezes em malas, em cheques nominais e endossados pelas próprias agências, para evitar a identificação dos sacadores perante o Banco Central, em carros fortes, e o que mais necessitassem.
 
No momento em que escrevo, o Juiz relator do processo, está apontando a corrupção passiva de parlamentares, que teriam recebido a grana para votar conforme o interesse do governo em questões polêmicas.
 
As perspectivas mais modestas apontam para um montante desviado da ordem de cem milhões de Reais, há no entanto correntes realistas que supõem que a dinheirama foi da ordem de 300 milhões.
Cada vez menos pessoas acreditam que o ex-presidente Lula nada sabia, inclusive o “projeto de publicitário”, Marcos Valério teria confidenciado a amigos que Luiz Inácio era o grande chefão.
 
Outra notícia que repercutiu, e está repercutindo, na grande imprensa dá conta que Marcos Valério teria deixado em locais seguros, informações que, em caso de seu assassinato por queima de arquivo, revelariam maiores verdades.
 

Somemos a tudo isso, a abordagem que Lula fez ao Ministro do Supremo Gilmar Mendes, os ataques que ele promoveu à liberdade de imprensa e suas manobras para desviar a atenção do povo para outro assunto: a CPI do Cachoeira.
 
Não esqueçamos ainda o fato do Ministro Marco Aurélio Mello ter dito com todas as letras: “... Lula é safo.”.
 
Há partidos de oposição, ainda que tardiamente, estudando denunciar Lula para que o mesmo seja investigado.
 
Uma coisa é certeira: depois do julgamento do mensalão, os livros de História do Brasil, terão muita lama para ser dissertada.

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