CORRIJA PIAU!
Livros ou apostilas? Essa será uma das
primeiras decisões que caberá a Paulo Piau, candidato eleito em
Outubro último, assim que ele assumir a Prefeitura de Uberaba e
deixar seu atual cargo de Deputado Federal.
O atual alcaide, Anderson Adauto,
há algum tempo, dispensou uma licitação (concorrência pública) e
gastou mais que doze e meio milhões de Reais para adquirir apostilas
para a rede municipal de ensino, e com isso dispensar os livros
didáticos, que tradicionalmente eram escolhidos pelos próprios
professores, e bancados pelo governo federal.
O material adquirido pela atual
administração frustrou expectativas, além de conter erros crassos
e usar linguagem inadequada à realidade dos alunos do município, a
tal ponto que as escolas estaduais de Uberaba quebraram um tabu e
superaram as municipais em exames de avaliação de ensino.
Quando assumir sua
cadeira na Prefeitura de Uberaba, em 1o
de Janeiro, Piau encontrará muitas dívidas a pagar, praças
detonadas, banheiros públicos a construir, salários defasados,
muitas outras obras por fazer e consertar, escolas por ampliar...
Há estabelecimentos de ensino
sem biblioteca, com excesso de alunos por sala, contando com apenas
um vaso sanitário para dezenas de professores e demais funcionários
se aliviarem em um curto espaço de tempo, que seria o recreio.
Se Adauto gastou R$ 12,5 milhões
de nossos impostos, quanto gastará Piau se tomar a decisão
incorreta? Quinze? Vinte milhões? E de onde virá esse dinheiro?
Terá que ampliar a indústria das multas? Multiplicará os custos de
IPTU? Criará novas taxas?
É bom lembrar que o professor do
município de Uberaba é mal remunerado, tanto que há processos
seletivos que sequer preenchem as vagas, outro evento que se nota é
a migração dos docentes para a rede estadual em busca de melhores
salários.
Uma breve consulta a um
dicionário, que se trata de um livro e não uma apostila, observamos
que o substantivo apostila designa um “resumo de livro”,
portanto, compacta-se em uma apostila aquilo que amplia-se em um
livro.
Deixar de usar os livros
escolhidos pelos docentes municipais após se debruçarem sobre os
mesmos, de autores consagrados nacionalmente, adquiridos com verba
federal e injetar a grana da educação em uma escola particular, que
atende a alunos de uma realidade diversa aos da rede pública, é um
ato errôneo.
Corrija Piau!
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