“A propaganda é a alma do negócio”, este
jargão utilizado pelos veículos de comunicação se revelará como pura verdade,
principalmente quando o “negócio” em voga for a política.
É ano eleitoral, em outubro elegeremos
prefeito (e vice) além de vereadores, e a propaganda está alvoraçada, principalmente
quando o administrador da cidade mira sua reeleição.
Via de regra, o mandatário do município
teve quatro anos e não cumpriu suas promessas, iniciou obras no fim do mandato,
deixou algumas inaugurações para a última hora e buscou se apossar de méritos
que deveriam ser atribuídos aos governos federal e estadual.
Os meios de comunicação, com honrosas exceções,
ficam se prostituindo pela verba publicitária, hora exaltando o prefeito de
plantão, hora mascarando ou minorando suas falhas e atos corruptos. A Câmara de
vereadores, que deveria fiscalizar tais gastos, permanece genuflexa, ou pior,
sua maioria se rende ao sabor da possibilidade de sua própria reeleição.
A solução? – Como sempre está nas mão do
povo que, neste e outros aspectos, permanece pacato, inerte... – Para evitar
este transbordo de propaganda e publicidade é necessário que os populares se
organizem em um conselho que regulamente como, com o que, quando e quanto se deve
empregar na divulgação. Poderíamos assim utilizar melhor a comunicação social,
voltando-a para sua verdadeira finalidade.