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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Necessitamos do Estado do Triângulo?

Necessitamos do Estado do Triângulo?

Jornal “O Estado de São Paulo”, 29 de Junho de 1988:
Não vai haver mais o Estado do Triângulo. A Constituinte rejeitou ontem a fusão de emendas que determinava a realização de um plebiscito, 120 dias depois da promulgação da Constituição para saber se a população do Triângulo Mineiro desejava ou não ser independente de Minas Gerais.”
Continuando a reportagem: “Depois da rejeição desta emenda, não foi colocada em votação a criação de nenhum outro estado – como o de Tapajós, do Maranhão do Sul, do São Francisco, de Santa Cruz e do Iguaçu.”
A criação de um novo estado da federação implica no surgimento de diversas despesas, seja com pessoal ou instituições, citarei apenas algumas delas:
Três novos Senadores, alguns Deputados Federais e outros Estaduais, Governador e Vice, inúmeros assessores dos cargos acima, inclusive dois suplentes para cada vaga no Senado; Uma nova polícia militar e outra civil,
corpo de bombeiros, mais um tribunal de contas estadual, toda uma estrutura para o judiciário, um novo departamento de estradas de rodagem.
Novos prédios são necessários: para a justiça estadual, para a assembléia, para o tribunal de contas, para as chefias de polícias, para o DER, alguns terão a petulância de falar em construir toda uma cidade, uma nova capital.
Como já vimos em outra oportunidade, para manter Brasília funcionando é necessário utilizar todo o superávit da cidade de São Paulo, há capitais do Norte que têm despesas cinco vezes superiores à arrecadação. Por Outro lado o Triângulo tem apenas três municípios superavitários: Uberaba, Ituiutaba e Uberlândia, portanto fica fácil de imaginar o prejuízo que causaríamos à Nação.
Certa vez, vi uma Deputada Estadual reivindicar uma verba para Montes Claros, seu discurso sofreu um aparte de um triangulino que alegou que no Triângulo contribuímos com muito e recebemos pouco, a resposta da parlamentar foi retumbante, ela alegou que nossa região teve seu desenvolvimento alavancado pelo Estado de Minas em épocas passadas, e que seria normal que agora outras regiões fossem compensadas. Neste instante pus-me a lembrar do quanto Minas subsidiou a chegada de indústrias como a Souza Cruz em Uberlândia, e reforcei minha posição: É justo!
Se toda região rica quisesse se separar da mais pobre a Alemanha jamais teria sido reunificada. A união e não a divisão tornaram mais forte a nação alemã.
Como vimos, a criação do Estado do Triângulo provavelmente seria acompanhada da formação de outros cinco estados, haja verbas, haja impostos, tributos e taxas para manter tanta governança.
Por isso e muito mais, sou contra a formação do Estado do Triângulo.

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