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terça-feira, 25 de março de 2014

LOGÍSTICA SEM LÓGICA


LOGÍSTICA SEM LÓGICA


Utilizei várias vezes este espaço para criticar o ufanismo, pregado a peso de ouro, pela publicidade de nosso governo federal. Hoje trago mais uma demonstração de que vivemos em ambiente de muita conversa e pouca ação.
Desde 2007, o Banco Mundial (Bird) informa, anualmente, um comparativo entre 167 países, sendo que a última divulgação mostrou que o Brasil desabou da 45a para a 65a posição no que diz respeito à logística de transporte.
Podemos pensar a logística como sendo o correto planejamento e a disposição racional para que algo se consolide, no caso dos transportes estaremos pensando em como realizar a tarefa de levar de um local para outro os produtos gerados pela economia, propiciando boas condições para o consumo e a exportação.
O Brasil vai mal e está caminhando para ficar pior, vejamos algumas informações para sofrermos um choque de realidade:
Temos 212 mil Km de estradas asfaltadas, pode parecer muito mas a Rússia tem 755 mil, a Índia, que tratamos como um país pobre possui 1 milhão e 569 mil Km de rodovias, o que gera quase um empate com a China que detêm 1 milhão e 576 mil Km pavimentados.
Lembremos que estes países são colocados em um mesmo grupo, o Bric, o que desperta constantes comparações, uma vez que eles se apresentam em um mesmo estágio, o do subdesenvolvimento.

Se compararmos o Brasil aos Estados Unidos, no quesito rodovias pavimentadas, seremos humilhados: enquanto detemos 212 mil Km, nossos vizinhos têm 4 milhões e 200 mil Km de estradas asfaltadas. Vinte vezes mais, sem falar de outras condições como duplicação, obras (de arte) para acesso e travessia.
Não pense que no assunto logística de transporte apanhamos apenas quando se fala em estradas. No quesito ferrovias, os componentes do Bric estão na seguinte situação: A Rússia possui 87 mil Km, a China 77 mil e a Índia 63 mil, enquanto o Brasil tem apenas 29 mil Km de trilhos. Mais uma vez, a Índia, com menos da metade da área territorial brasileira da um show em nosso País.
Com tantos rios, deveríamos reagir quando o assunto tratado fosse hidrovias, mas não é o que acontece: Temos 14 mil Km e somos superados pela Índia que possui 15 mil, a Rússia que detêm 102 mil Km e a China que apresenta 110 mil Km.
Portanto, ao assistir mais uma dessas publicidades ufanistas de nosso governo, lembre-se que ele não faz sua parte, arrecada muito e não faz obras, recebe impostos dos donos de veículos mas não prepara as vias para os mesmos, além de ficar pegando carona no aumento da frota como se este fosse um ato de governo.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Frota desalinhada


Frota desalinhada

Você já reparou que a Prefeitura de Uberaba só usa carros da FIAT. Isso não é mera coincidência, no início do Governo Anderson Adauto alegaram dois motivos para adotar a marca: 1- Manter veículos de uma mesma fabricação reduz custos e facilita a manutenção; 2- A FIAT é sediada em Minas, o que nos traz maior arrecadação de impostos.
No entanto o Governo de Adauto, posteriormente resolve terceirizar a frota e passa a alugar veículos, cuja manutenção fica por conta da locadora. A Prefeitura, atualmente, não deve possuir um carro sequer e paga caríssimo o aluguel destes FIATs que você vê nas ruas.
Foram dois atos distintos mas que se juntaram para, com certeza, onerar o orçamento da cidade. A medida que a Prefeitura passou a pagar aluguel dos carros deixou de fazer sentido usar carros de uma só marca. Exigir que todos sejam FIATs alija da concorrência empresas que possam oferecer outras marcas, a preços, possivelmente, mais baratos.
Está lançada a semente. Que os atuais administradores nos expliquem porque não alteraram a regra da marca única. Quem estaria lucrando com o esquema em vigor?
É bom lembrar que Uberaba empregou cerca de 20 milhões de Reais em apostilas que se mostraram ineficientes e desnecessárias. Está na hora do governo Piau acabar com a farra sobre rodas.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Somente o circo

Primeiro tiraram os investimentos. Para construir esses campos de futebol “invocados” que a FIFA exige, deixaram de gastar naquilo que é mais importante. Sabendo que o governo brasileiro deve até as calças ao mercado financeiro, e que a maior parte da grana gasta nas baboseiras da Copa ainda vai ser paga, vemos mais forte razão para combater a farra orquestrada pelos dois últimos mandatários do País (o mandatário e a mandatária, como diria um militante petista apaixonado).
 
O superfaturamento veio e a infraestrutura não. Gastamos mais e obtivemos muito menos. Todos aqueles melhoramentos prometidos para estradas, transportes urbanos, aeroportos e outros causaram frustração. Teve até gente que acreditou no conto do trem-bala.
 
Aos poucos foram prejudicando os brasileiros aqui e ali para beneficiar os cartolas e os boleiros: mexeram nas férias escolares, e isto prejudicará o já agonizante ensino. Criaram feriados em dia de jogos, onde estes forem ocorrer, atrapalhando o cotidiano, não pense, por exemplo, que os postinhos de saúde e os hospitais funcionarão normalmente, pois se você necessitar de um atendimento irá se ferir, batendo a cara na porta.
 
Imagine o que não vão fechar de ruas, estradas e quarteirões em torno das arenas para que os boleiros possam passar, e estes passarão sendo escoltados pela polícia que está faltando em seu bairro, apesar dos impostos que lhe impõem.
 
A presidente resolveu comprar uma baterias antiaéreas para proteger os boleiros, enquanto isso alguém está pensando em roubar a bateria de seu carro enquanto a polícia estiver ocupada com a farra do gasto e da bola.
 
Nas últimas horas proibiram voos nas proximidades dos “campos de luxo”, por isso milhares de pessoas que já tinham marcado viagens serão removidas e deslocadas, enfim “despejadas” de seu direito adquirido.
 
Tem mais: poderá haver racionamento de água durante os dias em que os boleiros estiverem atuando em nosso “berço esplêndido”, mas garanto para você, caro leitor, podem até cortar a água da casa da dona “Fia”, mas se for preciso buscam água de helicóptero para a dona FIFA.
 
Serão dois coices no lombo do brasileiro, a Copa e a Olimpíada, e elas colaborarão para aumentar a inflação, que está com mais fôlego que os melhores boleiros e atletas que para cá virão.
 
Diziam em Roma que o povo poderia ser controlado à base do “pão e circo”, mas parece que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma cuidaram de reinventar o ditado, pois teremos “circo sem pão”.