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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Fatalidade ou negligência


Fatalidade ou negligência?

No papel é fácil! Veja: É “vedado o emprego de material de fácil combustão e/ou que desprenda gases tóxicos em caso de incêndio em divisórias, revestimento e acabamento”, a regra vale para “estabelecimentos de reunião de público, cinemas, teatros, boates e assemelhados”.
 
Os trechos foram copiados da lei municipal de prevenção e proteção contra incêndios que vigora em Santa Maria, a cidade gaúcha da tragédia que vitimou quase 250 jovens.
 
O uso de fogos de artifício, a espuma altamente inflamável e tóxica usada no revestimento para isolamento sonoro e a saída insuficiente para a multidão foram ingredientes da carnificina.
 
E a lei? A lei, Brasil afora, é só papel inútil, por exemplo: é proibido roubar, mas quantos políticos adeptos deste costume estão presos?
Prefeitura e bombeiros não fiscalizaram, proprietários, grupo musical e estudantes negligenciaram e o “jeitinho brasileiro” deu no que deu.
 
O povo tem que ser mais exigente quanto às normas, e para conhecê-las temos que contar com ensino de qualidade e publicidade honesta e eficaz por parte do governo.
 
Outro fator que impede e impele as empresas a desrespeitar as leis é o excesso de impostos, taxas e contribuições que pagamos sem obter o devido retorno. Sob vários sentidos: é uma questão de sobrevivência.

sábado, 12 de janeiro de 2013

O céu é o limite


O céu é o limite

Visando trazer transparência para os gastos públicos, agilizar pagamentos e dispensar algumas licitações o ex-presidente Fernando Henrique instituiu o uso de cartões corporativos, em meados de 2001.
 
Trata-se de uma espécie de cartão de crédito sem limite, pelo menos dentro do universo financeiro conhecido ou até mesmo imaginado, mas nunca explorado, pelos brasileiros que não têm sangue azul.
 
E, como não poderia deixar de ser, nesta terra de faraós de terno e gravata, parte da despesa pode ser apresentada como gasto secreto, com a desculpa de envolver a segurança do rei, digo, do Presidente.
Como Lula chafurdou no poder, dá para o leitor começar a especular sobre valores e motivações para os gastos em seu governo, tem gente que deve estar achando que foi uma farra desenfreada. E foi!
 
R$ 44.562.127,00 em oito anos, ou 15.250,50 por dia foi o consumo secreto do “presidente dos pobres”, apenas em cartão corporativo e sem atualização monetária. Não vá pensar que me enganei e coloquei os gasto total do governo por conta de Lula, saiba que este valor atingiu 354.622.205,00.
 
Sabemos, como pagadores de impostos, que esta verba nos foi tomada, mas como foi gasta?
 
O Jornal Estado de São Paulo teve acesso a uma planilha de gastos secretos e trouxe para nós, os trouxas, parte da resposta:
Dos 44,5 milhões que Lula gastou “escondidinho”, sabe-se que 31,6 mi foram em hotéis e locação de carros, mais de 8 milhões com refeições (bem que ele era gordinho), mas sua fome era insaciável, pois para pescar ele comprou secretamente R$ 2.501,00 em varas, anzóis e outros.
 
Teve jardim, incluindo sálvias vermelho PT, comida para animais e porque não supormos também gastos de Lula com a Rosemary Noronha com quem mantinha um íntimo relacionamento.
Não percamos o foco, toda essa despesa (44,5 milhões) era acobertada pelo sigilo, prerrogativa de nosso maior funcionário público.
 
Lembremos que o império acabou, ou pelo menos deveria ter acabado, e que supostamente vivemos em uma república, ou seja, o governante recebe uma procuração para cuidar do que é de todos e é muito bem remunerado para tal.
 
 A saúde pública em seu município vai bem? Você se sente seguro ao estacionar um carro ou sair de casa, ou mesmo está garantido dentro dela? As crianças de sua cidade estão recebendo um ensino que as permitirá concorrer com quaisquer outras do mundo? Lula gastou corretamente o seu dinheiro?
 
Para incentivarmos um jovem que está em formação costumamos dizer que para os mais esforçados o céu é o limite, mas como motivá-los perante abusos que “passam do céu”?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Fatia transparente do bolo

Uberaba vive um momento de decadência econômica, leia neste blog:

O Bolo Solou

E veja reportagem que confirma esta tese:

 Jornal  da Manhã:
Gisele Barcelos - 04/01/2013


Paulo Piau encontra Prefeitura sucateada e com VAF bem menor



O prefeito Paulo Piau (PMDB) realizou ontem a primeira reunião de trabalho com o secretariado. Em aproximadamente cinco horas de conversa, a equipe discutiu assuntos como a queda do Valor Adicionado Fiscal (VAF) do município, falta de recursos e atraso no pagamento de fornecedores. As lideranças sindicalistas foram convidadas e acompanharam todo o encontro, porém não iniciaram as negociações sobre o reajuste salarial da categoria.

O secretário municipal da Fazenda, Wellington Fontes, também adiantou que nos últimos dois anos houve uma queda acentuada no VAF. O índice saiu de 2,2 em 2010 para 1,98 em 2011 e depois baixou para 1,68 em 2012, conforme análise preliminar do secretário.

Fontes explica que já entrou em contato com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz/MG) e a Fundação João Pinheiro para identificar a causa da queda e tentar recuperar os números. No entanto, o secretário declara que o índice representará impacto na arrecadação este ano. “Perdemos três posições em Minas Gerais para a repartição do ICMS. Saímos do 6º lugar para o 9º lugar. Isso significa que este ano estamos com participação menor no ICMS. Ou seja, o sacrifício financeiro será maior do que esperávamos”, analisa, lembrando que os detalhes sobre o relatório do VAF serão divulgados hoje.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

GANGNAM STYLE


GANGNAM STYLE

Um fenômeno está acontecendo na internet: o clipe da música de um coreano do sul foi o primeiro vídeo a alcançar um bilhão de acessos e continua crescendo. Trata-se da música “Oppa Gangnam Style” do cantor Psy.
 
E nós com isso? O que isso traz de útil para os brasileiros?
Vamos lá: “Gangnam style” pode ser traduzido como “estilo Gangnam”, mas para entendermos melhor é bom que saibamos que “Gangnam” é uma espécie de subúrbio rico de Seul, a capital da Coréia do Sul.
 
Neste complexo de prédios moderníssimos convivem milhares de “ricos novos” daquele pais. Mas, como uma nação sem muitos recursos naturais, que esteve sob domínio japonês por vinte e cinco anos e posteriormente enfrentou uma guerra que o dividiu em regiões sul e norte gerou uma classe de milionários? Por que a Coréia do Sul tem também uma das maiores rendas “per capita” do mundo?
 
A resposta está numa obsessão inesgotável pela educação. Este país asiático, com seus cinquenta milhões de habitantes promoveu a revolução através do ensino, alcançando índices invejáveis, como menos que um por cento de analfabetos e mais de oitenta e cinco por cento de seus jovens formados em curso superior.
 
É indispensável lembrar que este Brasil que anda de lado, em primeiro lugar gasta pouco com educação e em segundo lugar que este gasto é de má qualidade.
 
Enquanto na Coréia do Sul os professores são bem remunerados (inclusive alguns moram em Gangnam), há educadores brasileiros que ganham menos que o salário mínimo, e como sofrem para por comida na mesa imagine se eles têm possibilidade de comprar um livro.
 
Os políticos de má qualidade, que são escolhidos por um povo que recebe ensino de péssima qualidade, usam as verbas destinadas ao ensino em programas de horrível qualidade.
 
Terceirização da merenda, inclusive formando uma “máfia”, segundo o Ministério Público, compra de computadores para alunos, o que gera ilusões e posteriores frustrações, pois os mesmos são precários e não há redes de comunicação disponíveis, uso de apostilas compradas sem licitação em detrimento de livros do governo federal. Isso ou aquilo piora a qualidade do investimento em ensino.
 
Não basta ser coreano, tem que ser do sul! A Coréia do Norte, que aderiu ao regime comunista vive a beira da fome, enquanto seu ex-ditador Kim Jong Il, frequentava restaurantes franceses e outros internacionais, pedia uns vinte pratos do cardápio e beliscava um pouco de cada para conhecer seus sabores. Portanto políticos ruins trazem desgraças coletivas.
 
Se o Brasil começasse hoje um investimento sério e maciço na educação, em cerca de vinte anos os índices de violência despencariam e daqui uns trinta e cinco poderíamos viver em “Gangnam Style”.