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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

UM MUNDO MAIS AZUL


Artigo do próximo EXPRESSO

Um mundo mais azul

Anos atrás, muitas famílias escondiam da sociedade, filhos que fossem excepcionais em porões ou trancados em quartos, as escolas tentavam fazer os “demoníacos” canhotos virarem destros.
O mundo mudou, mas nem tanto: a Escola Dr. José Ferreira impediu que uma aluna assistisse aulas porque ela tingiu os cabelos de azul. A instituição feriu os direitos básicos da dignidade e identidade da pessoa humana.
Não existem escolas que estejam acima da Constituição, elas existem para ensinar e não para etiquetar pessoas. A democracia passa pela vontade da maioria, mas sem desrespeitar leis, muito menos as fundamentais, e nem massacrar as minorias por sua opinião ou comportamento.
A aluna foi retirada da sala de aula numa Segunda, o pai foi ao colégio a tarde, pediu prazo para procurar outra escola, mas na Quarta ela foi barrada na portaria e o diretor, procurado, se recusou a conversar com o pai, e depois com a imprensa.
Seria justo barrar o véu de freira ou uma burca muçulmana? O obeso? A cabeça raspada? O ruivo? O cego? O ateu? O nissei? A “oxigenada”? O maneta? A cadeira de rodas verde limão? O black power? (leia-se negro); O judeu? O banguela? O estrangeiro? O famoso? O pobre? O rico? O corcunda?
Escolas devem derrubar preconceitos, pregar inclusão, respeitar desigualdades, reprimir o “bullying” e principalmente acolher os que querem aprender, e não praticar o oposto!

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